O Supremo Tribunal Federal aceita o pedido da mãe de Marielle Franco e da esposa de Anderson Gomes, para que atuem como assistentes de acusação do caso. A solicitação das defesas de Marinete da Silva e Agatha Reis foi aceita pelo ministro Alexandre de Moraes, nesta quinta-feira (15).
Desde segunda-feira (12), o tribunal realiza audiência de instrução sobre as mortes da vereadora e do motorista. Onze pessoas foram intimadas para serem ouvidas, entre elas, os réus confessos acusados de terem executado o assassinato, os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz.
Já prestaram depoimento o policial federal Marcelo Pasqualetti e o delegado da PF Guilhermo Catramby, que comentaram sobre possíveis problemas em investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Na segunda-feira, o desembargador Airton Vieira ouviu também a assessora da Marielle que estava no carro com ela no dia do atentado, Fernanda Chaves, e o então assessor parlamentar da Câmara de Vereadores Arlei de Lourival Assucena.
A audiência continua nesta sexta-feira (16).
Na quarta (14), a defesa do ex-delegado Rivaldo Barbosa pediu que o atual secretário de Segurança Pública do Rio, Marcus Amim, e o delegado Luís Otávio Franco Gomes de Oliveira também sejam ouvidos. Os dois prestaram depoimento à PF e são citados no relatório do inquérito que apura possíveis obstruções na investigação dos assassinatos. O pedido ainda não foi julgado pelo STF.
São réus no processo os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes do crime, o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, que teria atrapalhado as investigações. Os três negam os crimes. Além deles, também são réus Ronald Paulo alves Pereira, conhecido como major Ronald, e Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe.
Robson é apontado pelos investigadores como miliciano, que teria ajudado a intermediar o primeiro encontro de Ronnie Lessa com os irmãos Brazão. Já major Ronald seria o responsável por alertar os demais envolvidos sobre a localização de Marielle no dia do assassinato.