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STJ determina quebra dos sigilos telefônico e fiscal de Cláudio Castro

A medida acontece após o irmão de consideração do governador do Rio ser alvo de operação da Polícia Federal

Por Yasmin BachourAmanda Oliveira

A quebra dos sigilos telefônico e fiscal foi determinado pelo STJ
A quebra dos sigilos telefônico e fiscal foi determinado pelo STJ
Divulgação/Governo do Estado

O Superior Tribunal de Justiça determina a quebra dos sigilos telefônico e fiscal do governador do Rio, Cláudio Castro. A decisão é relativa à operação da Polícia Federal que teve como um dos alvos o irmão de consideração do político. Vinícius Sarciá Rocha é suspeito de pagamento de mais de R$ 70 milhões em propina em projetos de assistência social no estado, entre 2017 e 2020.

De acordo com as investigações, os integrantes de organização criminosa teriam recebido propina variável entre 5% e 25% dos valores dos contratos. Eles são investigados ainda por fraudes em licitações e contratos administrativos e de desvio de verbas públicas.

A Operação Sétimo Mandamento apreendeu R$ 128 mil, mais de US$ 7 mil e 500 em espécie, celulares, anotações e planilhas com nomes, valores e porcentagens do esquema na casa de Vinícius Sarciá, que é presidente do Conselho de Administração da AgeRio. A Agência de Fomento do Estado é responsável por investir em empreendimentos de diversos portes e setores.

No entanto, enquanto isso, taxistas relatam que ainda não foi divulgado um prazo para que o órgão disponibilize a linha de crédito de até R$ 80 mil prometida.

Procurada, a defesa de Vinícius Sarciá disse que busca o acesso à decisão, para entender o motivo da ação, já que os fatos investigados seriam antigos.

Nesta quarta-feira (20), a PF cumpriu três mandados de busca e apreensão contra a quadrilha suspeita dos crimes na capital fluminense.

Além do irmão de consideração de Castro, a subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria de Governo, Astrid de Souza Brasil Nunes, e o gestor de Governança Socioambiental da Cedae, Allan Borges Nogueira, também foram alvo. O advogado de Allan, James Walker, nega envolvimento dele no esquema investigado.

A BandNews FM tenta contato com a defesa de Astrid.

A Polícia Federal também cumpriu sete medidas de afastamento de sigilo bancário e fiscal e mais seis medidas de afastamento de sigilo telemático.

Em nota, o Governo do Rio afirmou que a operação não tem novidades, já que uma investigação sobre o mesmo assunto acontece desde 2019. Além disso, afirma que não existem provas contra Castro e que as acusações são de uma delação criminosa, de um réu confesso, e que está sendo contestada judicialmente.

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