Tabagismo é responsável por 80% das mortes por câncer de pulmão

Só para este ano, são estimados 14 mil casos novos em mulheres e 18 mil casos em homens

Por Carlos Briggs

Tabagismo é responsável por 80% das mortes por câncer de pulmão
Estudo observou que Região Sul apresenta maior incidência para câncer de pulmão
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O tabagismo é responsável por 80% das mortes por câncer de pulmão em homens e mulheres, em todo o país. Por ano, são gastos R$ 9 bilhões com o tratamento da doença no Brasil.

Os dados fazem parte de um estudo da Fundação do Câncer e traz um alerta: só para este ano, são estimados 14 mil casos novos em mulheres e 18 mil casos em homens. A projeção é do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer.  

Apesar dos alertas, para quem, abandonar o vício, por uma saúde melhor, ainda é tarefa difícil, como relata a professora Zelia Moraes, de 56 anos.

Dados mundiais da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer mostram que, se o padrão de comportamento acerca do tabagismo continuar no atual patamar, é esperado um aumento de mais de 65% na incidência da doença e de 74% na mortalidade por câncer de pulmão até 2040, em comparação com 2022.

O epidemiologista Alfredo Scaff, consultor da Fundação do Câncer, explica que a dificuldade em diagnosticar a doença é um complicador.

Preocupada com a saúde, a enfermeira Flávia Bastos, de 50 anos, ainda lida com dificuldades em relação ao vício, após parar e voltar a fumar.

Dados da Fundação do Câncer mostram que 12% da população adulta brasileira usa algum produto derivado de tabaco. Entre os mais utilizados estão os cigarros eletrônicos. O estudante Caio Falcão diz que começou a experimentar por influência dos amigos.

O estudo observou ainda que a Região Sul apresenta maior incidência para câncer de pulmão tanto em homens, com 24 casos novos a cada 100 mil pessoas, assim como para os 15 casos novos a cada 100 mil pessoas.  

Dados bem acima da média nacional, que é de 12 para homens e 9 para mulheres. As regiões Norte e Nordeste ficam abaixo da média brasileira em homens. Já em mulheres, as regiões Norte, Nordeste e Sudeste ficam abaixo da média brasileira.

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