Abandonado desde 2011, após dois incêndios, o Teatro Villa Lobos, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, deve receber obras de restauração no início de 2024. A data foi informada pela Funarj, responsável pelo espaço. Depois de quase 12 anos como um elefante branco, o local passou por uma manutenção na semana passada, com a troca do tapume para fechar o espaço e capina para preservar a estrutura.
Ainda de acordo com a Funarj, já existe um projeto arquitetônico pronto e o órgão busca parceiros da iniciativa privada para a reconstrução do local através de projetos incentivados.
Enquanto isso, os moradores da região criticam a demora na reforma e o abandono de um dos maiores teatros do Rio de Janeiro. O casal de produtores audiovisuais Jayme e Denise Del Cueto é morador de Copacabana há mais de 50 anos e viu a inauguração e o auge do Villa Lobos. Eles lamentam o atual estado do teatro.
O presidente da Associação de Moradores de Copacabana, Horácio Magalhães, diz que torce para o Governo do Rio cumprir com a data de manutenção anunciada e pede que o local seja renovado para benefício da população. Ele ainda afirma que, desde o mandato do último governante estadual, conversa constantemente com os órgãos responsáveis.
Na semana passada, a Funarj havia informado que, além de fazer a manutenção, iria contratar seguranças e vigias para o monitoramento do terreno. No entanto, a equipe da Bandnews FM esteve no endereço nesta segunda-feira (26) e não encontrou os profissionais.
Inaugurado em 8 de março de 1979, o Teatro Villa-Lobos foi idealizado por Adolfo Bloch e Geraldo Matheus. A escolha do nome foi uma homenagem ao maestro Heitor Villa-Lobos, um dos maiores compositores da história do país. Mas o local foi alvo de dois incêndios, em abril e setembro de 2011.
Em 2016 e 2019, o Governo do Rio chegou a abrir chamadas para a manifestação de interesse com o objetivo de viabilizar a reconstrução local, mas a iniciativa não se consolidou.
Em junho de 2021, a Funarj disse que iria estudar uma parceria para devolver o espaço cultural o mais rapidamente possível à população, mas, até o momento, nada foi feito.