Faltando um semana do fim do prazo para a entrega da reforma das estações do Teleférico do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, o Governo do Estado ainda analisa pedidos para prorrogação do contrato até dezembro e para o aumento do valor da obra em 45%.
Os trabalhos começaram em março do ano passado e o prazo inicial, 12 de janeiro, já foi estendido duas vezes. Primeiro, passou para 12 de maio. Depois, para 10 de agosto. Agora, deve ser adiado para 8 de dezembro.
O contrato custaria inicialmente quase R$ 17 milhões, mas deve receber um aditivo de R$ 7,6 milhões. Uma vistoria identificou que outros serviços precisariam ser incluídos na obra, já que as estações foram alvo de furtos, deterioração e falta de conservação.
A Secretaria de Infraestrutura e Cidades afirma que uma nova licitação poderia sair 19% mais cara e, por isso, seria mais vantajoso manter o contrato. As áreas técnicas da pasta já deram parecer a favor dos pedidos, mas destacaram a necessidade de apurar as responsabilidades pelo atraso.
Enquanto as obras demoram, os moradores relatam que o deslocamento pelas comunidades tem sido muito difícil, especialmente para idosos e pessoas com problemas de locomoção. Naty Silva é moradora do Morro do Adeus, onde também coordena um projeto social. Ela conta que uma das estações fica na porta de casa, mas agora leva 30 minutos para subir ou descer a comunidade.
O teleférico do Alemão foi o primeiro a ser inaugurado no país, em 2011. Em setembro, no entanto, a estrutura completa sete anos fechada.
Em nota, a Secretaria de Infraestrutura e cidades diz que a reforma das seis estações está 89% concluída. Ao todo, o governo deve investir R$ 150 milhões para a modernização do sistema do teleférico e a instalação do cabo que sustenta as 156 gôndolas. A promessa é de que as obras terminem até o fim do ano. Depois disso, será realizada uma licitação para que uma concessionária opere o equipamento.
Procurada, a Petropump, empresa contratada para a reforma das estações, ainda não se posicionou.