
Pelo segundo dia seguido, moradores registram trocas de tiros no entorno da escola técnica Faetec, no bairro de Quintino, na Zona Norte do Rio. Na manhã desta quinta-feira (13), ouvintes da BandNews FM entraram em desespero ao ouvirem os disparos.
Tiro de arma de grosso calibre. As pessoas saem para trabalhar, as crianças saem para a escola. A gente não tem sossego, não tem paz.
Eu acordei às cinco da manhã com barulho de tiro de escopeta bem aqui na minha rua. Foi muito tiro, muito tiro. De fuzil, escopeta, o pessoal da vila nem saiu de casa para trabalhar, alguns.
Pelo amor de Deus, troca de tiro! É muito tiro de arma pesada. O que está acontecendo aqui? Pelo amor de Deus. Uma chuva de tiro!
Pô, quando os alunos estão entrando no campus, no tempo em que o pessoal está chegando, até quando a gente vai viver nisso? Muito difícil, cara.
As comunidades da região passam por uma disputa territorial entre facções criminosas rivais.
Na quarta-feira (12), a Polícia Militar realizou uma operação no Morro do Saçu. A mãe de uma aluna da Faetec, que tinha acabado de deixar a filha na unidade, foi atingida de raspão na orelha durante uma troca de tiros entre policiais e traficantes. Alcione da Silva já teve alta.
Fernando Lima também é pai de uma aluna da instituição. Com aulas normais nesta quinta-feira (13), ele reclama da falta de policiamento na região, mesmo com o tiroteio do dia anterior.
Depois de tudo que aconteceu ontem na Faetec, tiroteio, a mãe de uma aluna baleada, hoje ainda está tendo muito tiro. As aulas estão normais na escola, e a polícia não colocou nenhuma viatura lá na porta, não fez nada, e os alunos estão lá todos em pânico dentro da escola.
Segundo a Polícia Militar, agentes atuam desde o início da manhã desta quinta-feira (13), na comunidade do Saçu, com o objetivo de desarticular o grupo criminoso que atua no roubo de cargas na região, além de apreender armas. Ainda de acordo com a PM, durante o patrulhamento, as equipes foram atacadas por disparos feitos de uma área de mata. Ainda não há informações sobre feridos ou presos.
A reportagem aguarda um posicionamento da Faetec.