Pacientes que têm o plano da Unimed enfrentam problemas para continuar tratamentos devido ao atraso no repasse do pagamento da empresa para as clínicas credenciadas. Segundo eles, a questão atinge principalmente pessoas com deficiência. Algumas unidades de saúde afirmaram que a Unimed não realiza o pagamento desde abril deste ano, e que, por isso, o atendimento não poderá ser mantido.
A mãe de Mikael de Souza Fontoura, de 6 anos, Maria de Fátima, conta que seu filho realiza há anos tratamento para paralisia cerebral na clínica Recriando Reabilitação, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, e que, mesmo com uma decisão judicial para que a Unimed quitasse o pagamento com a clínica, nada foi feito.
A mãe da Ana Clara Ribeiro, Andrea Lucia, também afirma que, sem o tratamento multidisciplinar que sua filha realiza no Espaço Habilitar, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, a saúde de Ana pode apresentar regressão.
Outro caso é o de Valentina Ferreira, de 4 anos de idade, que tem autismo não-verbal. Ela faz um tratamento na Clínica Cervim, na Vila Militar, devido a uma liminar concedida pela Justiça, que obriga a Unimed a arcar com os custos das consultas. Mesmo assim, a empresa está inadimplente com os repasses há mais de três meses e Valentina corre o risco de ter a terapia interrompida.
Nas redes sociais é possível encontrar diversos posts de pacientes da Unimed que denunciam e criticam o atraso nos repasses e afirmam que eles não poderiam ser prejudicados já que pagam por um plano de saúde.
Em nota, a ANS informou que tem monitorado a Unimed-Rio, que se encontra em regimes de acompanhamento de direção fiscal e direção técnica por conta de problemas econômico-financeiros e assistenciais.
Procurada pela BandNews FM, a Unimed Rio ainda não respondeu à reportagem.