UNIRIO aprova deflagração da greve dos professores

A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, a UNIRIO, aprovou a deflagração da greve dos professores da Instituição, em assembleia realizada na quinta-feira (25).

A greve terá início a partir da próxima quinta-feira, dia 2 de maio, por tempo indeterminado. Foram 76 votos favoráveis e 30 contrários à paralisação. Os grevistas pedem principalmente a recomposição orçamentária das universidades públicas.

Segundo a Associação dos Docentes, existem obras inacabadas, falta de equipamentos básicos, como ar-condicionado, cadeiras, mesas e quadros, e falta de equipamentos para laboratórios, além de problemas estruturais, como mofo e infiltração em salas de aula e gabinetes, além de péssimas condições de banheiros.

A estudante de Museologia na Unirio Victória de Mesquita diz que acha justas as reivindicações dos professores.

"Posso dizer que nós estamos, na verdade, muito aliviados. Ninguém tá feliz com a greve, mas entendendo o quão justa ela é e necessária. Principalmente levando em consideração o orçamento atual da Universidade e pensando nessa recomposição, que é um dos objetivos. Além do reajuste salarial dos docentes, que é um direito constitucional deles, que nós apoiamos como estudantes."

Além da Unirio, o Cefet também vai ter paralisação a partir da próxima quinta (2). Já a UFF anunciou greve dos professores já na segunda-feira (29).  

A UFRJ e a Universidade Rural estão em estado de greve, mas ainda não confirmaram paralisação.

Em todo o Brasil, 39 universidades tiveram greve aprovada e outras 25 estão em estado de greve ou mobilização.