Vacinação contra HPV está abaixo do esperado no Rio de Janeiro

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, apenas 35% das meninas tomaram a segunda dose e 22% dos meninos completaram o esquema vacinal

Amanda Martins

Doença sexualmente transmissível, HPV pode causar câncer de colo de útero Marcelo Camargo/Agência Brasil
Doença sexualmente transmissível, HPV pode causar câncer de colo de útero
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Apesar de ser oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde desde 2014, a vacinação contra o HPV está abaixo do esperado no Rio de Janeiro. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, apenas 35% das meninas tomaram a segunda dose e 22% dos meninos completaram o esquema vacinal.

Para a coordenadora do programa de imunizações da Prefeitura, Nadja Greffe, a desinformação em relação à importância da vacina é um dos principais fatores que explicam a baixa adesão.

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível, muitas vezes silenciosa, que pode causar o câncer de colo de útero. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, há cerca de 16 mil casos por ano no país. A doença aparece em quarto lugar na lista das que mais matam as brasileiras.

Segundo a consultora médica da Fundação do Câncer, Flavia Miranda Correia, os casos da doença diminuíram consideravelmente em países que apresentam boa taxa de vacinação.

O ideal é que 90% das meninas entre 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos recebam as doses da vacina. É necessário tomar o reforço seis meses depois da primeira dose. A faixa etária foi escolhida por apresentar maior produção de anticorpos e por ter sido menos exposta ao vírus por meio de relações sexuais. A vacina também é aplicada em mulheres de até 45 anos com imunossupressão, transplantadas e com câncer.

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