Vazamento de resíduos de muro do Hospital Getúlio Vargas é alvo de reclamação

Moradores de uma vila vizinha à unidade de saúde convivem com mau cheiro e bichos, como baratas e lacraias

Por Mariana Albuquerque

Paredes sujas, manchadas e líquido no piso por conta do vazamento Ouvinte BandNews FM
Paredes sujas, manchadas e líquido no piso por conta do vazamento
Ouvinte BandNews FM

Moradores de uma vila na Avenida Lobo Junior, na Penha Circular, na Zona Norte do Rio, sofrem com o vazamento de resíduos do muro que separa as casas deles do Hospital Estadual Getúlio Vargas. Além do mau cheiro, o ambiente também fica com bichos, como baratas e lacraias.

De acordo com os moradores, o problema acontece há mais de 18 anos. Em 2004, o muro da residência de uma das moradoras caiu, por causa dos detritos. Foi preciso construir um muro de contenção, que foi feito pelo próprio hospital, com dreno para a rede pluvial de algumas casas.

A artesã Vivianne Barreto conta que teve que fechar a piscina dela e que teme pegar alguma infecção hospitalar.

Outro morador, o arquiteto Marcelo Pimentel, diz que se prontificou a ir ao hospital para localizar o vazamento, mas não a administração da unidade não permitiu. Ele relata a dificuldade em cozinhar e comer com o mau cheiro.

Moradores dizem ainda que funcionários do hospital já foram ao local, constataram que o líquido vem da unidade, mas nada foi feito, além de promessas.

Em vídeos enviados pelos residentes da vila, é possível ver as paredes sujas, manchadas e o líquido no piso.

Nota da Secretaria Estadual de Saúde:

A direção do Complexo Estadual de Saúde da Penha informa que, em janeiro de 2022, recebeu informações da Ouvidoria sobre o vazamento. Uma equipe técnica da unidade esteve no local e verificou a presença da infiltração em parede não limítrofe ao vizinho e a existência de uma parede afastada da construção da unidade. O muro adjacente permite a entrada de água da chuva e não se pode afirmar a origem do “olho d’água”. Um muro de contenção foi construído no local.

A direção ressalta que não existe resíduo hospitalar que possa ser transferido para o imóvel vizinho, uma vez que o local onde está ocorrendo o vazamento é uma área administrativa do hospital. Além disso, a unidade possui coleta especializada, em contêineres e sacos apropriados, que não ficam armazenados próximos ao local onde está ocorrendo o vazamento.

Uma equipe técnica especializada fará nova vistoria ao local para verificar as solicitações do reclamante.

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