A vereadora de Niterói Benny Briolly, do PSOL, vai denunciar à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância os ataques que sofreu durante a votação de um projeto de lei na Câmara Municipal de Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
A sessão desta quinta-feira (10) votaria o projeto de lei que institui o dia 12 de novembro como dia da entidade Maria Mulambo, protetora de Niterói. O debate foi interrompido e a transmissão on-line também foi encerrada.
A vereadora Benny Briolly conta que foram feitos diversos xingamentos, além de declarações de cunho racista religioso e transfóbicos pelo vereador Douglas Gomes, do PTC, e por militantes bolsonaristas que estavam presentes.
Ainda segundo a parlamentar, os membros de axé que acompanhavam a votação foram intimidados e duas mulheres trans foram hostilizadas e impedidas de entrar na sessão por causa das roupas que vestiam.
O vereador Douglas Gomes, do PTC, afirmou que essa seria "mais uma de muitas mentiras" e pediu que a vereadora apresentasse provas.
Procurada, a Câmara Municipal de Niterói disse que ocorreram debates acalorados com posicionamentos diversos, dentro do respeito que o parlamento exige e o Estado de Direito determina. A nota afirma que tudo aconteceu dentro do campo da ideia e da convicção. A Câmara também informou que, caso tenha ocorrido eventual racismo de qualquer espécie, assim que formalizado, serão adotadas as medidas cabíveis.