
Vinte pessoas seguem internadas após um incêndio que atingiu um galpão utilizado para a confecção de fantasias e materiais de Carnaval em Ramos, na Zona Norte do Rio. O caso aconteceu na manhã desta quarta-feira (12).
Ao todo, 22 vítimas foram resgatadas e encaminhadas para pelo menos seis unidades de saúde, mas duas já receberam alta.
De acordo com a última atualização, 11 pacientes seguem em estado grave. Oito deles estão internados no Hospital Estadual Getúlio Vargas na Penha, na mesma região.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, todos os pacientes deram entrada por queimadura em via aérea após inalação de fumaça tóxica.
No Hospital Municipal Souza Aguiar, duas pessoas também apresentam quadro grave, assim como uma outra vítima que está no Hospital do Andaraí.
Outros pacientes foram encaminhados para o CER da Ilha do Governador, para o Hospital Geral de Bonsucesso e para o Hospital Municipal Salgo Filho.
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O Corpo de Bombeiros atuou no incêndio com 13 unidades operacionais, incluindo o Grupamento de Operações Aéreas e especialistas em salvamento em altura. Aproximadamente 90 militares atuaram na ocorrência, com o apoio de 30 viaturas.
Antes do fim da manhã a corporação conseguiu controlar o incêndio. No local, funcionava a Maximus Confecções, onde funcionários faziam a confecção de fantasias e outros materiais de escolas de diferentes divisões do Carnaval carioca.
As chamas atingiram cerca de 500 metros quadrados.
Pelo menos três escolas estão entre as mais afetadas pelo episódio: Unidos de Bangu, Unidos da Ponte e Império Serrano. O superintendente de Carnaval da agremiação da Zona Norte afirma que, apesar das perdas causadas, a escola da Série Ouro vai desfilar na Sapucaí.
Mais cedo, pela Internet, o prefeito do Rio Eduardo Paes disse que, em conversa com o presidente da Série Ouro, Hugo Júnior, houve a decisão que nenhuma das três agremiações seria rebaixada em 2025. No entanto, o dirigente explicou que uma plenária com os demais presidentes foi convocada para esta quarta (12) para decidir o futuro da divisão.
De acordo com os Bombeiros, o edifício não tinha autorização para funcionar como fábrica. Apesar disso, a Prefeitura do Rio explicou que o imóvel estava com sua situação regular para funcionar como uma fábrica e possui o alvará de funcionamento para a atividade de confecção.
Em conversa com a reportagem da BandNews FM, o presidente da Série Ouro, Hugo Júnior, disse que cabe as escolas de samba questões burocráticas em relação ao aluguel de espaços.
O local e o prédio anexo foram interditados pela Defesa Civil municipal após equipes do órgão verificarem que o fogo ocasionou dano à estrutura e que há risco de desabamento da estrutura interna.