Vítimas da operação no Complexo do Alemão são enterradas no Rio

Foram sepultados o cabo da PM Bruno de Paulo, Letícia Marinho, baleada no peito dentro do carro, e Solange Mendes, moradora e dona de uma pensão na comunidade

Fernando David

Enterro do cabo Bruno de Paulo no Cemitério Jardim da Saudade Reprodução/TV Band
Enterro do cabo Bruno de Paulo no Cemitério Jardim da Saudade
Reprodução/TV Band

Familiares se despediram do cabo Bruno de Paulo, enterrado na manhã deste sábado (23), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. O PM foi morto durante ataque a Unidade de Polícia Pacificadora realizada na última quinta-feira (21), no Complexo do Alemão, na Zona Norte.

O policial, tinha 38 anos. Oito foram dedicados à corporação. Bruno de Paula deixa dois filhos autistas. O irmão dele, Valdir Costa, conta que as crianças ainda procuram entender o que aconteceu com o pai.

Neste sábado (23), também foram sepultados, os corpos de Letícia Marinho, baleada no peito, na quinta-feira, dentro do carro, quando ia visitar uma parente, no Complexo do Alemão, além de Solange Mendes, moradora e dona de uma pensão, na comunidade.

Segundo o porta-voz da PM, tenente-coronel Ivan Blaz, a moradora foi executada por traficantes, após cumprimentar policiais da Unidade de Polícia Pacificadora.

Moradores chegaram a acusar os PMs pela morte da comerciante. De acordo com os relatos, os policiais teriam se assustado ao verem Solange e abriram fogo.

O policiamento segue reforçado nos acessos à comunidade. As ruas do entorno estão ainda mais vazias do que de costume.

Dezoito pessoas morreram na quarta operação mais letal da história do Rio de Janeiro. Doze, dos quinze suspeitos mortos, já tinham passagem pela polícia.

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