A viúva do ex-presidente da escola de samba Vila Isabel, morto a tiros na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, afirma que ela e a filha de 9 anos receberam ameaças de morte. Segundo Shayene Cesário, a menina viu as mensagem da ameaça no celular do pai, Wilson Vieira Alves.
As declarações de Shayene ocorreram durante o enterro, na terça-feira (27), no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, também na Zona Oeste. Abalada, a viúva também disse que a filha do casal ainda está traumatizada por ter presenciado o assassinato do pai.
Nenhum vestígio de munição usada no assassinato Wilson Vieira Alves foi encontrado na cena do crime. Segundo a polícia, a suspeita é de que os assassinos tenham recolhido a cápsula antes de fugir.
O crime aconteceu domingo (25). Moisés, como era conhecido, foi surpreendido por homens encapuzados que chegaram de moto. Ele estava com a esposa Shayene, em um posto de combustíveis e foi baleado quando desceu do carro, para ir à farmácia.
A Delegacia de Homicídios assumiu o caso e busca imagens de câmeras de segurança, para identificar os criminosos.
Nenhuma hipótese está descartada, mas a principal linha de investigação é de mais uma execução motivada pelo controle do jogo do bicho. A mulher do contraventor disse à polícia que teve o celular roubado logo depois da morte do marido - coincidência que chamou atenção dos investigadores.
Moises virou presidente da Vila Isabel, em 2004, por indicação do Capitão Guimarães- um dos maiores contraventores do Rio de Janeiro. Em 2011, ele foi preso, acusado de contrabando, formação de quadrilha e corrupção passiva.