O valor da conta de luz seguirá sendo uma das grandes vilãs do orçamento familiar do brasileiro. O reajuste que documentos oficiais do governo e do próprio setor elétrico preveem é superior a 21% em 2022.
Em documento interno, revelado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fez uma projeção sobre o impacto financeiro que crise hídrica, a pior em 91 anos, terá sobre o valor da energia elétrica, devido às medidas adotadas para garantir o abastecimento, como o uso das termelétricas, de custo mais caro, e da importação de energia da Argentina e do Uruguai.
As projeções mostram um cenário de impacto tarifário médio em 2022 de 21,04%.
Mesmo que os reservatórios voltem a encher, as distribuidoras de energia levam como herança de 2021 um déficit de R$ 13 bilhões.
Considerando dados da própria Aneel, o reajuste acumulado neste ano para o consumidor residencial chegou a 7,04%. Ou seja, o aumento projetado para o ano que vem praticamente triplica a alta de 2021. Em 2020, o aumento médio foi de 3,25 %.
A crise hídrica levou à criação de uma taxa extra na conta de luz, que obriga o consumidor a pagar R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora consumidos .Mas a medida não cobre todo o aumento dos custos.
O prejuízo só não vai ser maior porque o governo estuda, junto com o BNDES, uma linha de crédito para socorrer as distribuidoras. A ideia é disponibilizar algo em torno de R$ 15 bilhões. Mas a dívida precisa ser paga. O reflexo desse empréstimo pode vir nas contas de luz a partir de 20