A inflação ao consumidor dos Estados Unidos acelerou para 9,1% em um ano. É a maior inflação desde 1981.
Esse número é acima do previsto, reforçando a necessidade de aumentar a dose de juros para reduzir o consumo, o crescimento da economia e com isso puxar a inflação pra baixo.
Cresce o risco de recessão. Nos Estados Unidos e na Europa, além dos aumentos de preços internacionais, como do petróleo e de alimentos, os governos estimularam muito o consumo durante a pandemia e demoraram a retirar.
Hoje a inflação sobe também porque o consumo está forte, o desemprego é muito baixo nos EUA, menor até que antes da pandemia. Para se ter uma ideia do quanto o mercado de trabalho americano está aquecido, para cada duas vagas oferecidas tem um candidato, segundo economista Paula Magalhaes, da consultoria pastore.
E com isso os salários estão em alta, alimentando um ciclo de alta dos preços. Outro documento importante que baliza as decisões de juros nos EUA, o livro bege, mostrou que as operações inflacionarias estão disseminadas.
A expectativa de que o banco central aumente os juros com mais forca agora em julho já é majoritária, 75% espera alta de 1 pp da taxa de juros do pais. Isso tende a valorizar o dólar, o que é lenha para inflação por aqui.