Economia

Desemprego cai em 22 estados no segundo trimestre, diz IBGE

Bahia, Pernambuco e Sergipe apresentam as maiores taxas de desemprego, enquanto Santa Catarina e Mato Grosso têm índices melhores

Da redação

Taxa de desemprego recua no segundo semestre
Taxa de desemprego recua no segundo semestre
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A taxa de desemprego (desocupação) do país, no segundo trimestre de 2022, foi de 9,3% ante os 11,1% do primeiro trimestre deste ano. Isso representa um recuo de 1,8 ponto percentual (p.p.). Os dados são da PNAD Contínua Trimestral, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (12).

Em comparação com o mesmo trimestre de 2021 (14,2%), o recuo foi de 4,9 p.p. O IBGE também mostra que a taxa de desocupação recuou em 22 das 27 unidades da federação, e manteve-se estável em outras cinco.

As maiores taxas de desocupação foram na Bahia (15,5%), Pernambuco (13,6%) e Sergipe (12,7%). As menores foram em Santa Catarina (3,9%), Mato Grosso (4,4%) e Mato Grosso do Sul (5,2%).

Rendimento médio estável

O rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 2.652, mantendo estabilidade frente ao primeiro tri de 2022 (R$ 2.625), mas houve queda de 5,1% ante o mesmo trimestre de 2021 (R$ 2.794).

Em relação ao primeiro trimestre de 2022, as cinco grandes regiões apresentaram estabilidade. Já frente ao segundo trimestre de 2021, Nordeste, Sul e Sudeste apresentaram queda do rendimento médio.

Subutilização da força de trabalho

No segundo trimestre de 2022, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 21,2%.

O Piauí (42,3%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (37,4%) e Bahia (34,9%). As menores taxas de subutilização ficaram com Santa Catarina (7,0%), Mato Grosso (10,1%) e Rondônia (11,2%).

Desalentados

O número de desalentados, no segundo trimestre de 2022, foi de 4,3 milhões de pessoas. O maior número estava na Bahia (612 mil desalentados).

O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no segundo tri de 2022 foi de 3,8%. Maranhão (14,8%) e Alagoas (13,7%) tinham os maiores percentuais e Santa Catarina (0,4%) e Mato Grosso (1,2%), os menores.

Carteira assinada

O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 73,3%. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (87,4%), São Paulo (81,0%) e Paraná (80,9%). Os menores índices, no Piauí (46,6%), Maranhão (47,8%) e Pará (51,0%).

Trabalho por conta própria e taxa de informalidade

O percentual da população ocupada do país que trabalha por conta própria foi de 26,2%. Os maiores percentuais eram do Amapá (35,7%), Rondônia (35,3%) e Amazonas (35,0%). Os menores, no Distrito Federal (20,1%), Mato Grosso do Sul (22,6%) e São Paulo (23,2%).

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 40,0% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (61,8%), Maranhão (59,4%) e Amazonas (57,7%) e as menores, com Santa Catarina (27,2%), São Paulo (31,1%) e Distrito Federal (31,2%).

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