Educação e Saúde são os mais atingidos por bloqueio de R$ 1,5 bi no Orçamento

Bloqueios são temporários e ocorrem porque a estimativa de gastos superou o limite estabelecido pelo teto federal de despesas em 2023

Da Redação

Educação e Saúde são os mais atingidos por bloqueio de R$ 1,5 bi no Orçamento
Orçamento 2023
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Os ministérios da Saúde e da Educação serão os mais afetados pelo bloqueio orçamentário de R$ 1,5 bilhão no orçamento federal deste ano. A medida foi anunciada pelos ministérios do Planejamento e Fazenda em 21 de julho. 

O bloqueio temporário de R$ 1,5 bi no Orçamento Geral da União de 2023 foi motivado devido a possibilidade no teto federal de gastos

O decreto, assinado pelo presidente Lula, define que o ministério da Saúde terá um bloqueio de R$ 452 milhões, enquanto a Educação será impedida de usar R$ 332 milhões. Outras 8 pastas também serão afetadas pela medida.

Confira a nova distribuição dos bloqueios

•   Saúde: R$ 452 milhões;

•   Educação: R$ 333 milhões;

•   Transportes: R$ 217 milhões;

•   Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: R$ 144 milhões;

•   Cidades: R$ 144 milhões;

•   Meio Ambiente: R$ 97,5 milhões;

•   Integração e Desenvolvimento Regional: R$ 60 milhões;

•   Defesa: R$ 35 milhões;

•   Cultura: R$ 27 milhões;

•   Desenvolvimento Agrário: R$ 24 milhões.

O contingenciamento, que já chega a R$ 3,2 bilhões, é temporário e necessário para o cumprir o teto de gastos, regra fiscal que ainda está em vigor esse ano. Esses cortes não atingem gastos obrigatórios, apenas gastos discricionários, que estão  relacionados a investimentos e manutenção da máquina pública.

Mesmo com o novo contingenciamento, o total bloqueado este ano é inferior ao do ano passado, quando foram travados R$ 15,38 bilhões para cumprir o teto de gastos. Os recursos só foram desbloqueados porque a Emenda Constitucional da Transição retirou do teto de gastos R$ 23 bilhões relativos a programas sociais no ano passado, mais R$ 168 bilhões neste ano.