O Banco Central (BC) afirma que a Economia brasileira vai crescer mais este ano. Afinal, a situação tá melhor do que se imaginava? Com certeza. Ah, então tá uma maravilha? Longe disso.
O cenário é o seguinte: no começo do ano as previsões para 2022 eram bem piores, se esperava em média um crescimento de 0,5%, tinha previsões de zero e até recessão, queda da economia.
No entanto, a realidade surpreendeu. Nos primeiros três meses do ano a economia cresceu 1%, com a melhora da pandemia da covid-19, possibilitando a recuperação do setor que mais pesa no Produto Interno Bruto (PIB) e que mais gera emprego, o setor de serviços, como bares, restaurantes e turismo.
O comércio também reagiu, com mais gente circulando nas ruas, trabalhando de forma presencial, consumindo mais. O governo também ajudou a economia com medidas de estímulos, como a antecipação do 13º de servidores, aumento do auxílio Brasil e saque do FGTS.
Os números do segundo trimestre também tem vindo bem e a economia deve crescer de abril a junho, não tanto quanto no começo do ano, mas cresce. Agora, para segunda metade do ano as projeções apontam estabilidade da economia ou até alguma queda. Isso porque a inflação ta alta demais.
O Banco Central prevê inflação de 8,8% este ano. Diz que por isso vai ter que subir os juros um pouco mais e a expectativa da maioria é que a Selic chegue a 13,75%. A Taxa Selic é referência para crédito, dificulta pagamento de dívidas, financiamentos e investimentos produtivos.
A partir dos 13,75%, a Selic deve ficar nesse patamar alto por um longo período, ali ate meados de 2023, quando deve começar a cair. O Banco Central mostra uma conta: mantendo os juros em 13,25% e reduzindo para 10% no ano que vem, a inflação fica em 3,7% em 2023.
Se a meta é 3,25%, ta perto, não seria necessário aumentar muito mais os juros além dos esperados 13,75%. Isso tudo para dizer que esta sendo dura essa travessia, mas que as projeções mostram que a inflação vai ceder.
Mas para períodos de travessia, são necessários barcos para ajudar a chegar do outro lado e é por isso que é importante ajudar os mais vulnera beis e alguns segmentos mais sensíveis, como transportes.
Mas analistas alertam para o risco de gastar demais e causar retrocessos com as contas publicas e alterando leis que protegem as estatais de indicações políticas.
