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Entenda como o Brasil gerou mais de 277 mil empregos formais em maio

No Desenrola Economia, a colunista Juliana Rosa comenta sobre os dados de empregos que foram divulgados na manhã nesta terça-feira (28)

Por Juliana Rosa

Os números do Ministério do Trabalho mostram recuperação mais forte do que se prévia do emprego com carteira. Foram abertas 277 mil vagas em maio, e no ano, de janeiro a maio, foram mais de 1 milhão de novos empregos formais.  

O setor que mais está contratando é o setor de serviços, por ser o que mais sofreu com a pandemia da covid-19 e agora, com a melhora na crise sanitária, está se recuperando das perdas. O setor é também o que mais gera empregos no país.  

É um setor bastante heterogêneo e teve comportamento também bastante heterogêneo durante a pandemia. Isso porque alguns são mais dependentes da circulação de pessoas como a cadeia de turismo, hotéis, pousadas, bares e restaurantes.  

Alojamento e alimentação contratam 21,3 mil trabalhadores em maio e 70,2 mil desde o início do ano, mas o total de vagas formais no setor ainda está em patamar abaixo do pré-pandemia.

Educação tem ido bem também, contratou 12,2 mil vagas em maio e 135,3 mil vagas até agora em 2022, mas se recuperando ainda do baque.  

Enquanto isso, outros subsetores mais relacionados a tecnologia e informática se beneficiaram durante a pandemia (e-commerce, trabalho remoto), atividades ligadas a informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que geraram um saldo líquido 245,3 mil vagas no acumulado do ano.  

A reabertura econômica continua beneficiando os números do mercado de trabalho formal, também impulsionados pelos estímulos de curto prazo criados pelo governo federal, como saques do FGTS, antecipação do 13 e aumento do auxílio Brasil.

Se espera uma desaceleração na criação de vagas a partir do  

segundo semestre do ano que deve contribuir para a criação de 1,5 milhão de vagas em 2022, em linha com nossa projeção para o PIB de 2022 de 1,6%.