Na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9%, oitavo resultado positivo consecutivo do indicador nessa comparação.
O resultado é menor do que o registrado no primeiro trimestre (1,8%). O PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil, totalizou R$ 2,651 trilhões em valores correntes no trimestre encerrado em junho.
Com esse resultado, houve avanço de 3,7% no primeiro semestre do ano. Nesse cenário, a atividade econômica do país opera 7,4% acima do patamar pré-pandemia, referente ao quarto trimestre de 2019, e atinge o ponto mais alto da série.
O segundo maior patamar é o do trimestre anterior. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado hoje (1º) pelo IBGE.
A alta do segundo trimestre é explicada pelo bom desempenho da indústria (0,9%) e dos serviços (0,6%). Como as atividades de serviços respondem por cerca de 70% da economia do país, o resultado do setor influencia ainda mais a expansão do PIB.
A agropecuária foi o único dos três grandes setores da economia a recuar no trimestre (-0,9%). A retração vem após o avanço de 21,0% no primeiro trimestre e se deve, principalmente, à base de comparação elevada.
Consumo das famílias cresce 0,9% no trimestre
O consumo das famílias avançou 0,9% no segundo trimestre. É a maior alta desde o mesmo período do ano passado (1,6%). Também frente ao trimestre anterior, o consumo do governo cresceu 0,7%, quarto resultado positivo seguido. Quanto aos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo), o cenário foi de estabilidade (0,1%).
PIB cresce 3,4% frente ao mesmo período de 2022; agropecuária cresce 17,9%
Frente ao segundo trimestre do ano passado, o PIB cresceu 3,4%. Nessa mesma comparação, a agropecuária cresceu 17,0%, o melhor resultado entre os setores.
Essa alta é relacionada ao bom desempenho de alguns produtos como a soja, o milho, o algodão e o café. As estimativas da pecuária também contribuíram com o resultado.
Já a indústria cresceu 1,5%, com destaque para as indústrias extrativas (8,8%), que se beneficiaram do aumento na extração de petróleo e gás e de minérios ferrosos.
Na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (4,8%), o impacto veio do consumo residencial de energia favorecido pela melhora nas bandeiras tarifárias.