A venda de motos novas no primeiro semestre de 2022 superou pela primeira vez o período pré-pandemia (2019). De janeiro a junho foram comercializadas 639.698 motocicletas, o maior número desde o início da pandemia e um aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2019 e de 23% em relação ao primeiro semestre do ano passado.
Os dados foram divulgados pela Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgados nesta terça-feira (5).
O resultado mostra uma tendência do mercado em tempos de inflação, com uma procura maior pelas motos tanto como meio de locomoção como também para trabalho, com o crescente volume de pessoas que trabalham como entregadores.
Mais motos, mais motociclistas, e um risco maior de acidentes. Os motociclistas aparecem como as maiores vítimas do trânsito. Cerca de 152 motociclistas perderam a vida somente nos cinco primeiros meses deste ano.
Emplacamento de veículos (janeiro a junho)
MOTOS
- 2019 - 530.152
- 2020 - 350.290
- 2021 - 517.326
- 2022 - 636.698
AUTOMÓVEIS
- 2019 - 1.065.841
- 2020 - 636.943
- 2021 - 804.141
- 2022 - 683.173
VEÍCULOS COMERCIAIS LEVES
- 2019 - 183.002
- 2020 - 126.337
- 2021 - 202.469
- 2022 - 168.271
AUTOS + COMERCIAIS LEVES
- 2019 - 1.248.843
- 2020 - 763.280
- 2021 - 1.006.610
- 2022 - 851.444
CAMINHÕES
- 2019 - 46.865
- 2020 - 37.629
- 2021 - 58.017
- 2022 - 57.310
Com a alta nos preços dos combustíveis, a venda de motos elétricas também avançou no Brasil porque são mais econômicas custam entre R$ 9 mil e 15 mil, dependendo do modelo. É praticamente o mesmo preço das motos convencionais de baixa e média cilindrada.
Por outro lado, a venda de automóveis de passeio e de veículos comerciais leves (picapes pequenas e médias, furgonetas, furgões e vans) apresentou uma queda brusca este ano em relação ao ano passado, de 15,41% e de 31,8% em relação ao último ano antes do início da pandemia.
O número de caminhões zero km vendidos no primeiro semestre do ano também foi o maior do que o de 2019, mas inferior às vendas do ano passado. Foram emplacados 57.310 caminhões de janeiro a junho, um número um pouco menor do que o de 2021, quando foram vendidos 58.017 caminhões novos.