Venda de motos novas no país supera pela primeira vez o período pré-pandemia

Crescimento no 1º semestre foi de 20% em relação ao mesmo período de 2019. Já a venda de carros zero caiu 31,8%

Paulo Guilherme

Venda de motos continua crescendo no país Roberto Parizotti/Fotos Públicas
Venda de motos continua crescendo no país
Roberto Parizotti/Fotos Públicas

A venda de motos novas no primeiro semestre de 2022 superou pela primeira vez o período pré-pandemia (2019). De janeiro a junho foram comercializadas 639.698 motocicletas, o maior número desde o início da pandemia e um aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2019 e de 23% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

Os dados foram divulgados pela Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgados nesta terça-feira (5).

O resultado mostra uma tendência do mercado em tempos de inflação, com uma procura maior pelas motos tanto como meio de locomoção como também para trabalho, com o crescente volume de pessoas que trabalham como entregadores. 

Mais motos, mais motociclistas, e um risco maior de acidentes. Os motociclistas aparecem como as maiores vítimas do trânsito. Cerca de 152 motociclistas perderam a vida somente nos cinco primeiros meses deste ano.

Emplacamento de veículos (janeiro a junho)

MOTOS

  • 2019 - 530.152
  • 2020 - 350.290
  • 2021 - 517.326
  • 2022 - 636.698

AUTOMÓVEIS

  • 2019 - 1.065.841
  • 2020 - 636.943
  • 2021 - 804.141
  • 2022 - 683.173

VEÍCULOS COMERCIAIS LEVES

  • 2019 - 183.002
  • 2020 - 126.337
  • 2021 - 202.469
  • 2022 - 168.271

AUTOS + COMERCIAIS LEVES

  • 2019 - 1.248.843
  • 2020 - 763.280
  • 2021 - 1.006.610
  • 2022 - 851.444

CAMINHÕES

  • 2019 - 46.865
  • 2020 - 37.629
  • 2021 - 58.017
  • 2022 - 57.310
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Com a alta nos preços dos combustíveis, a venda de motos elétricas também avançou no Brasil porque são mais econômicas custam entre R$ 9 mil e 15 mil, dependendo do modelo. É praticamente o mesmo preço das motos convencionais de baixa e média cilindrada.

Por outro lado, a venda de automóveis de passeio e de veículos comerciais leves (picapes pequenas e médias, furgonetas, furgões e vans) apresentou uma queda brusca este ano em relação ao ano passado, de 15,41% e de 31,8% em relação ao último ano antes do início da pandemia.

O número de caminhões zero km vendidos no primeiro semestre do ano também foi o maior do que o de 2019, mas inferior às vendas do ano passado. Foram emplacados 57.310 caminhões de janeiro a junho, um número um pouco menor do que o de 2021, quando foram vendidos 58.017 caminhões novos.