Correndo por fora e de casa nova, o ex-deputado federal Miguel Corrêa – ex-PT e desde março no PDT – acredita haver um espaço na centro-esquerda para alavancar sua candidatura ao governo do Estado. O pedetista foi o segundo pré-candidato ao Palácio Tiradentes entrevistado no Band Eleições. “Não quero vencer porque sou afilhado de fulano, ciclano ou beltrano. Nunca vi afilhado resolver problema, especialmente do povo de Minas Gerais”, comentou sobre a tendência da polarização em nível nacional de Lula e Bolsonaro se repetir na eleição mineira com o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) e o governador Romeu Zema (Novo).
De acordo com Corrêa, apesar do cenário indicado pelas pesquisas eleitorais, o eleitor está buscando por ideias novas e esse é o momento de conhecer as propostas e escolher o candidato. Entre as bandeiras defendidas pelo candidato do PDT, está o fomento com isenções e financiamento público nas pequenas empresas. “Um governante tem de ser capaz de propor novas ideias, novas ações que impactem na vida das pessoas”.
Sobre a atual gestão, Corrêa não poupou críticas à gestão Zema. Segundo ele, o governador pode ser um empresário bem-sucedido, mas não tem habilidade de gestão pública. “O aumento de arrecadação (do Estado) se deve ao fato de não pagar a dívida pública (com a União) e ao aumento dos preços, especialmente do combustível e da energia. Então não foi uma ação organizada e estratégica”.
O candidato do PDT ainda minimizou o fogo-amigo sofrido por sua campanha por parte do presidenciável do seu partido, Ciro Gomes. Após Corrêa elogiar Lula durante uma entrevista, Ciro chamou o colega de legenda de ficha-suja e afirmou que ele não seria o candidato da sigla em Minas. “Minha relação com Ciro é muito boa. Escolhi um caminho e esse caminho é com Ciro. Sempre tive lado, e o lado que eu escolhi é o PDT e é defender a campanha do Ciro a presidente”, concluiu.