Pré-candidato à reeleição ao Palácio Tiradentes, o governador Romeu Zema (Novo) criticou o ex-prefeito de Belo Horizonte e seu principal adversário hoje na corrida ao governo mineiro, Alexandre Kalil (PSD), de ter se associado a um grupo político responsável por “destruir Minas Gerais”. Os ataques de Zema se referiram à aliança firmada entre o PSD, de Kalil, e o PT, do ex-governador Fernando Pimentel (2015-2018), antecessor do governador do Novo. Apesar de liderar a pesquisas de intenção de voto, a campanha de Zema teme um crescimento do adversário impulsionado pelo apadrinhamento de sua candidatura pelo ex-presidente Lula (PT). O atual governador de Minas foi o quarto convidado do “Band Eleições”.
Ao fazer um balanço do seu mandato, Zema repetiu ter assumido a gestão com um “Estado arrasado” e, mesmo assim, nos primeiros meses, ter conseguido pagar boa parte do funcionalismo. Ele ainda destacou a recomposição salarial de 10% concedida este ano aos servidores e se defendeu da polêmica dos trabalhadores da segurança pública. Policiais militares, civis, bombeiros e agente penais fizeram manifestações no início de 2022 cobrando um aumento de 30% dos seus salários.
“Eu poderia ter dado um aumento de 30% agora na eleição e quebrar o Estado depois, mas isso não é do feitio do nosso governo”, argumentou o governador, alegando não ter adotado medidas eleitoreiras e ter priorizado uma “gestão responsável”.
Em relação aos projetos para um eventual segundo mandato, Zema prometeu investir em obras de infraestrutura, como a melhoria das condições das rodovias mineiras. Ele ainda falou do aumento da oferta de empregos no Estado com o investimento na atração de novas empresas. Sobre o fato de ainda não ter um vice na sua chapa, o governador disse estar esperando as articulações partidárias. “Eu já queria ter escolhido, mas o tempo da política é outro”. Para ele, seria melhor um vice de outro partido, pois ampliaria as alianças do Novo.
Além disso, Zema falou sobre sua relação com o presidente Jair Bolsonaro. Atualmente, o PL, partido de Bolsonaro, defende a candidatura do senador Carlos Viana em Minas Gerais, depois de um impasse sobre uma aliança com o Novo. “Tenho uma relação muito boa com o presidente”. No entanto, o pré-candidato do Novo reforçou o apoio ao seu colega de partido, Felipe D'ávila, para a cadeira presidencial.