Eleições

Band Eleições analisa cenários do segundo turno nas principais capitais

Da Redação

Band Eleições projeta as disputas nas principais capitais e analisa a conjuntura política
Band Eleições projeta as disputas nas principais capitais e analisa a conjuntura política
José Cruz/Agência Brasil

A reta final das disputas nas principais cidades do País é o tema do Band Eleições desta quinta-feira, 26. O programa projeta as disputas nas principais capitais e analisa a conjuntura política. Com apresentação de Sheila Magalhães, participam os jornalistas Fernando Mitre, Antonio Lavareda, Eduardo Oinegue e Fernando Schüler.

Na visão do cientista político Fernando Schüler, a reta final pode ter imprevistos. "Há casos de candidatos que vem uma curva de conhecimento público muito acelerada nesses dias. Isso pode gerar surpresas". 

Para o jornalista Eduardo Oinegue, algumas capitais como Recife tem um cenário totalmente indefinido, enquanto outras não. "O mais claro é o Rio de Janeiro. Seria surpreendente se no domingo nós anunciarmos que o Marcelo Crivella venceu. Não é que as pesquisas erraram, mas que o eleitor enlouqueceu", brincou. 

Fernando Mitre, que tem anos de experiência à frente de coberturas eleitorais, analisa que os padrinhos políticos desta vez não deram grande resultado; em alguns casos, até atrapalharam. 

"É o caso de [Celso] Russomanno em São Paulo, que citou o tempo inteiro intensamente o apoio [do presidente Jair] Bolsonaro, e o resultado eleitoral foi pífio. No Rio, a situação fica mais clara ainda. O prefeito Crivella, com apoio de Bolsonaro, está em grande desvantagem em relação à Eduardo Paes. A situação mostra que esses padrinhos não estão funcionando". 

O especialista em eleições Antonio Lavareda completa ainda com o cenário inesperado de Recife. "Você tem apoios do [ex-presidente] Lula e Ciro Gomes em palanques separados. A disputa ainda chama atenção por ser a única capital em que partidos de esquerda se enfrentam", exemplificou ao citar Marília Arraes, do PT, e João Campos, do PSB, partido que Ciro Gomes conta para uma aliança em 2022. 

Economia 

Segundo Oinegue, a pandemia de coronavírus no País fez um "ajuste nas expectativas do eleitor". "A pandemia intensificou a recessão, o desemprego. O sonho das pessoas é voltar a trabalhar. O desemprego aparece nas cidades na forma de mais gente morando na rua, pouco aluguel, ruas desertas; tem influência na quantidade de lixo, no transporte público, no trânsito. A atividade econômica interfere fortemente no município", observa. 

Fernando Schüler ainda analisou, por fim, o cenário eleitoral em Porto Alegre. Ele definiu a campanha na capital gaúcha como um exemplo lamentável. "É uma campanha duríssima, foi mais elegante no primeiro turno, mas agora chegou a patamares que eu lamento. E esse desespero é um risco na reta final".

O cientista político lembra que o candidato Sebastião Melo, do MDB, foi a delegacia registrar um boletim de ocorrência contra Manuela D'Ávila, do PCdoB. Segundo emedebista, a adversário o acusou de "ser racista" em uma propaganda eleitoral.

"É lamentável que em uma campanha tão curta os candidatos acabem apelando para uma radicalização que não contribui em nada para o debate democrático", pontua o especialista.

Assista ao programa na íntegra: