O cientista político Fernando Schüler é o convidado do programa Band Eleições desta segunda-feira (4). Em conversa com os jornalistas Adriana Araújo, Eduardo Oinegue e Fernando Mitre, Schüler fez uma análise dos cenários das pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais.
Toda semana o programa Band Eleições vai receber pré-candidatos e especialistas discutindo os temas mais importantes para os eleitores. Uma tradição do Grupo Bandeirantes que auxilia o eleitor a escolher seu candidato.
Para Fernando Schüler, os presidenciais não farão uma campanha de debate de ideias neste ano e muito porque a sociedade não exige isso no momento.
“Não vai ser uma campanha de programas. Primeiro porque a sociedade não demanda isso. A sociedade está demandando um debate sério sobre a privatização da Petrobras, teto de gastos, sobre o programa social? Tinha muita crítica ao modelo do Bolsa Família e tem muita crítica ao modelo do Auxílio Brasil. Mas qual programa o Brasil quer? ”, disse.
Schüler também explica de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que lideram as pesquisas de intenção de votos, são diferentes e usam mais do carisma e apelam ao coração para falar com seus eleitores.
O perfil dos dois candidatos que lideram não é um perfil programático. Eles são políticos mais carismáticos, que apelam mais ao coração. São políticos que falam de um outro patamar. Não consigo imaginar Lula e Bolsonaro fazendo uma discussão programática como a gente teria se fosse o João Dória e o Henrique Meirelles ou Geraldo Alckmin e Eduardo Leite, por exemplo.
Para o cientista político, o eleitor brasileiro aprendeu a votar e hoje busca o voto eficiente.
“O eleitor brasileiro aprendeu a votar. Ele é o eleitor nacional, ele faz cálculo estratégico. Nós vamos para a nona eleição presidencial. As pessoas votam no que elas gostam, mas elas votam olhando as pesquisas. Elas querem voto eficiente”, explicou.