"O Pinheiros hoje é considerado um rio urbano limpo", disse o governador Rodrigo Garcia (PSDB), em entrevista à Rádio Bandeirantes.
ENGANOSO
Mesmo tendo melhorado muito nos últimos anos e tendo vida aquática, o Rio Pinheiros não está totalmente limpo. O governo de São Paulo anunciou em abril que a qualidade da água tinha nível satisfatório. O que significa que permite vida nas águas e em sua proximidade. Esse contexto permanece igual.
A qualidade de oxigênio perdida com a poluição foi medida através da demanda bioquímica do oxigênio. O método é adotado nos principais países do planeta para analisar as águas. Segundo o governo estadual em monitoramento de julho, dos 13 pontos de monitoramento, 11 possuem DBO (demanda bioquímica de oxigênio) abaixo de 30 mg/L. Os dados são trimestrais.
Houve uma evolução significativa. Se em 2019 o resultado médio ficou entre 60 e 75 mg/l, em março a quantidade alcançou 30 mg/l, justamente a meta traçada. O valor, porém, só garante uma água sem odor e alguma vida aquática. Águas com DBO acima de 10 mg/L não podem ser usadas por humanos. Mas o objetivo não foi alcançado em todos os pontos.
O Rio Pinheiros tem 25 quilômetros de extensão. O projeto conectou 650 mil imóveis às redes de esgoto. Também retirou cerca de 76 mil toneladas de lixo flutuante e mais de 746 mil metros cúbicos de sedimentos por meio do desassoreamento.
Neste semestre começam a operar as Unidades de Recuperação (URs), que vão tratar a água nos córregos e retirar a carga orgânica proveniente de áreas informais ou locais onde não é possível fazer a ligação porta a porta.
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