O Brasil tem um recorde de candidaturas femininas neste ano, mas a participação de mulheres na política ainda segue bem abaixo da presença delas na população.
Entre os eleitores, as mulheres são maiorias, com 53%. Já entre os candidatos são 33%. Neste ano, 9,6 mil mulheres concorrem à eleição. O número é recorde, mas o crescimento de candidaturas femininas desacelerou em relação aos pleitos anteriores.
As mulheres conquistaram o direito de votar no Brasil em 1932 e 90 anos depois elas ainda representam 15% dos cargos legislativos no país. O acesso aconteceu após mudanças na lei.
Em 1995 foi criada a cota mínima de 20% para mulheres. Em 1997, passou para 30%. As vagas eram reservadas, mas não necessariamente as candidaturas eram lançadas. Em 2009, partidos e coligações foram obrigados a reservar e lançar o mínimo de 30% de candidaturas femininas.
Em 2018, o STF determinou que 30% do fundo partidário fosse destinado às mulheres, assim como o tempo proporcional em campanhas de rádio e TV.
A medida fez saltar a participação feminina no Congresso de 10% para 15% das cadeiras.
Neste ano, das mais de nove mil candidatas, 45% se autodeclaram brancas e 34% pardas. As pretas são 18%, seguidas por indígenas (0,87%) e amarelas (0,48).