Brasil tem recorde de candidaturas femininas neste ano; 9,6 mil concorrem

O número é recorde, mas o crescimento de candidaturas femininas desacelerou em relação aos pleitos anteriores

Olívia Freitas

Brasil tem recorde de candidaturas femininas neste ano, 9,6 mil concorrem Agência Brasil
Brasil tem recorde de candidaturas femininas neste ano, 9,6 mil concorrem
Agência Brasil

O Brasil tem um recorde de candidaturas femininas neste ano, mas a participação de mulheres na política ainda segue bem abaixo da presença delas na população.

Entre os eleitores, as mulheres são maiorias, com 53%. Já entre os candidatos são 33%. Neste ano, 9,6 mil mulheres concorrem à eleição. O número é recorde, mas o crescimento de candidaturas femininas desacelerou em relação aos pleitos anteriores.

As mulheres conquistaram o direito de votar no Brasil em 1932 e 90 anos depois elas ainda representam 15% dos cargos legislativos no país. O acesso aconteceu após mudanças na lei.

Em 1995 foi criada a cota mínima de 20% para mulheres. Em 1997, passou para 30%. As vagas eram reservadas, mas não necessariamente as candidaturas eram lançadas. Em 2009, partidos e coligações foram obrigados a reservar e lançar o mínimo de 30% de candidaturas femininas.

Em 2018, o STF determinou que 30% do fundo partidário fosse destinado às mulheres, assim como o tempo proporcional em campanhas de rádio e TV.

A medida fez saltar a participação feminina no Congresso de 10% para 15% das cadeiras.

Neste ano, das mais de nove mil candidatas, 45% se autodeclaram brancas e 34% pardas. As pretas são 18%, seguidas por indígenas (0,87%) e amarelas (0,48).