A indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua sétima disputa como candidato à Presidência da República é confirmada nesta quinta-feira (21) em convenção do Partido dos Trabalhadores.
Pela primeira vez, o evento, em um hotel no Centro de São Paulo, será realizado sem a presença do principal personagem. Lula cumpre agenda em Pernambuco.
A decisão do PT de não contar com a presença de Lula, embora diferente do habitual para os eventos desse porte, é estratégica. No início de maio, a legenda promoveu o lançamento da chapa Lula-Alckmin.
A presença de Lula e de seu pré-candidato a vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), na convenção oficial não é exigida pela legislação eleitoral. Também é dispensado o comparecimento presencial dos militantes.
A pauta oficial do evento é o apoio à chapa Lula-Alckmin e a aprovação da coligação que PT e PSB farão com outros cinco partidos: PCdoB, PV, Solidariedade, PSOL e Rede. Ao término do evento principal, ocorrerá no mesmo local a convenção da federação da qual o PT faz parte, que une também PCdoB e PV.
A partir da conclusão da convenção, Lula deixará de ser "pré-candidato" e poderá ser tratado formalmente como candidato do PT ao Palácio do Planalto.
A convenção referenda a decisão do Diretório Nacional de 13 de abril que aprovou a política de alianças do PT para as eleições de outubro e a chapa Lula-Alckmin. O resultado da votação foi de 599 votos (94,3%) pela indicação da chapa, 34 contrários e 2 abstenções.
“O XVI Encontro Nacional referenda as decisões do Diretório Nacional sobre política de alianças, a candidatura de Lula para Presidente, Alckmin para Vice-Presidente e delega para a Direção Nacional os demais encaminhamentos com relação às eleições de 2022”
Lula deve estar presente na convenção do PSB, marcada para o dia 29, em Brasília, na qual o partido confirmará o nome de Alckmin como vice da chapa.