Criadores do Plano Real declaram apoio a Lula

Economistas Armínio Fraga, Edmar Bacha, Pedro Malan e Persio Arida divulgaram nota: "Votaremos em Lula no 2º turno"

Da Redação

Armínio Fraga, Edmar Bacha, Pedro Malan e Persio Arida  Reprodução
Armínio Fraga, Edmar Bacha, Pedro Malan e Persio Arida
Reprodução

Os economistas Armínio Fraga, Edmar Bacha, Pedro Malan e Persio Arida declararam nesta quinta-feira (6) voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno da eleição presidencial, contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

Em nota, os quatro economistas afirmaram: "Votaremos em Lula no 2º turno; nossa expectativa é de condução responsável da economia".

Armínio Fraga, presidente do Banco Central (BC) durante o segundo mandato do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), já havia declarado sua preferência na terça-feira (4).

Malan foi ministro da Fazenda durante o governo de FHC e presidente do Banco Central durante o governo de Itamar Franco. Junto com ele, Persio Arida e Edmar Bacha foram os criadores do Plano Real.

Na quarta-feira (6), Persio Arida, ex-presidente do BNDES e do Banco Central, disse ao jornal "O Globo" que considera o presidente Jair Bolsonaro “claramente uma ameaça à democracia brasileira” e que houve “imenso retrocesso civilizatório” em seu governo.

Para o economista, um eventual governo Lula será responsável fiscalmente e está com “expectativa de boas políticas econômicas na direção das reformas”, diante de uma base de apoio mais ao centro. 

Arida já coordenou o programa do atual candidato a vice-presidente pelo PT, Geraldo Alckmin, em campanhas anteriores.

Persio e Armínio afirmaram à agência Reuters que a principal razão que levou ao anúncio foi a defesa da democracia, que consideram estar em risco caso Jair Bolsonaro vença. Para os economistas, a decisão também reflete uma visão sobre o futuro da economia.

“Vou votar no Lula no segundo turno, e faço isso com a esperança que ele traga o Lula que nós víamos no primeiro mandato dele, quando me parecia que o Brasil estava pronto para se desenvolver de uma maneira plena, justa, equilibrada e sustentável. Esse é o meu voto e tenho esperança de que isso vá acontecer”, disse Armínio.