Eleições

Lula avança em construção de alianças; Bolsonaro volta a criticar lockdown

Petista quer fechar aliança com o PSD e apoiar Alexandre Kalil para governador de Minas Gerais

Por Caiã Messina

Depois de conseguir a desistência de Guilherme Boulos para fortalecer a campanha de Fernando Haddad em São Paulo, Lula (PT) jantou com o prefeito de Belo Horizonte (MG). A ideia é fechar uma aliança com o PSD e apoiar Alexandre Kalil para o governador de Minas Gerais, reforçando o palanque de Lula no estado.

Em uma entrevista a uma rádio de Criciúma, Lula disse que a polarização no país é positiva.

“Polarização significa que as pessoas têm lado, que as pessoas estão vivas, que as pessoas defendem aquilo que acreditam. Eu preferia polarização com PSDB, FHC, Alckmin, que era um debate mais democrático, mas agora a gente precisa acabar com o fascismo. Tem que torar Bolsonaro para a gente reconstruir a democracia”, afirmou.

Sérgio Moro (Podemos) está na Alemanha para encontros com políticos e investidores. O meio ambiente foi um dos assuntos discutidos.

“É muito fácil resolver esse problema da má imagem do Brasil lá fora. É uma mudança de discurso e o combate ao desmatamento ilegal”, disse.

Jair Bolsonaro (PL) visitou obras em andamento no Tocantins e no Pará e voltou a dizer que governadores e prefeitos que apoiaram lockdowns são os culpados pelas dificuldades econômicas do país.

“Reconheço os problemas que temos enfrentado. Inflação dos alimentos e preço nos combustíveis. Consequência daquela política do "fica em casa, a economia a gente vê depois”, afirmou.

Depois da escolha do atual ministro da Defesa para vice da chapa, Bolsonaro quer emplacar o comandante do exército Paulo Sérgio Nogueira no cargo de Braga Netto.

Ciro Gomes (PDT) criticou a tendência de um militar na chapa de Bolsonaro.

“Eu fico chocado como é que os militares se predispõem ainda e mais uma vez a cumprir esse papel sujo, subalterno, que o Bolsonaro tem exercitado para eles”, disse.

João Doria (PSDB) anunciou a expansão do programa de ensino integral nas escolas de São Paulo.

“Um bom governo é o governo que projeta o futuro, não olha só o momento presente ou o momento da sua gestão. Olha além da sua gestão, provisiona recursos, planeja e coloca em condições de seus sucessores de poder avançar e termos até o final de 2024 todas as escolas em tempo integral”, afirmou.