Eleições

PT admite conversas com MDB, apesar da pré-candidatura de Tebet

Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, disse que lideranças nordestinas do MDB têm simpatia pela candidatura do Lula

Édrian Santos

Gleisi Hoffmann admite conversas com lideranças do MDB, apesar de Tebet
Gleisi Hoffmann admite conversas com lideranças do MDB, apesar de Tebet
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A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, admitiu que o partido conversa com lideranças regionais do MDB, apesar da pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MDB) ao Palácio do Planalto.

“Quanto ao MDB, a gente também tem conversado. Temos o mesmo problema. O MDB é um partido que é muito por estado o movimento que eles fazem. Por exemplo, o MDB do Nordeste tem grande simpatia pela candidatura do presidente Lula. Mas eles têm uma candidata, que é a Simone Tebet. A gente também respeita”, disse Gleisi.

Questionada sobre conversas com o ex-presidente Michel Temer (MDB), que chegou ao Planalto após impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Gleisi negou tais tratativas. A líder petista ressaltou que, por enquanto, apenas lideranças regionais foram acionadas.

A fala de Gleisi ocorreu durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (23), logo após reunião entre os presidentes dos partidos que apoiam a chapa formada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB). Ambos eram rivais nas eleições de 2006, quando o petista venceu por 48,6% dos votos.

Racha no MDB

Na atual situação, o MDB tem candidatura própria à presidência da República. O nome de Tebet deve ser oficializado após o ex-governador João Doria (PSDB) anunciar a desistência do pleito.

Tucanos e emedebistas, além do Cidadania, integram o grupo de partidos que querem lançar um nome da chamada “terceira via”, em oposição à polarização entre Lula e Jair Bolsonaro (PL).

Nos bastidores das eleições, há relatos de que Tebet enfrenta resistência partidários do Nordeste, pois as lideranças locais tendem a apoiar Lula. Dados os governos petistas, historicamente, as duas siglas sempre mantiveram relações nos estados nordestinos.

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