São Paulo reduziu homicídios em mais de 80%, diz coronel Vicente Nunes

Na avaliação do coronel reformado José Vicente Nunes, a cidade de São Paulo possui o mesmo padrão de violência que Nova York, nos Estados Unidos

Da Redação

O coronel reformado José Vicente Nunes foi o convidado do Band Eleições desta segunda-feira (20). Em entrevista aos jornalistas Adriana Araújo, Sheila Magalhães e Pedro Campos, Nunes afirmou que o estado de São Paulo avançou muito no combate à violência.

Toda semana o programa Band Eleições vai receber pré-candidatos e especialistas discutindo os temas mais importantes para os eleitores. Uma tradição do Grupo Bandeirantes que auxilia o eleitor a escolher seu candidato.

“Nos últimos 20 anos, a queda dos homicídios, que é o principal indicador de São Paulo, foi de mais de 80%. A cidade de São Paulo tem hoje, praticamente, o mesmo padrão de violência dos homicídios de Nova York, que é um grande exemplo de contenção de violência no mundo. O padrão de São Paulo é o padrão dos Estados Unidos. Então São Paulo avançou muito, mas isso não quer dizer que tem desafios a serem enfrentados”, afirmou.

Nunes também disse que hoje há um esforço maior para a contenção da violência e que as policiais possuem um maior apoio em tecnologia para realizar operações.

“A tecnologia avançou tanto que São Paulo hoje está pareado com Nova York. São as maiores cidades do mundo em tecnologia de apoio ao policiamento. Isso permitiu avançar bastante. Nós temos um sistema de inteligência da PM e da Polícia Civil. Já há um monitoramento muito grande”, explicou.

Novo cangaço

Sobre os ataques às agências bancárias em cidades do interior de São Paulo, o coronel Vicente Nunes afirma que o termo é antigo e já foi muito usado há mais de 12 anos no Nordeste.

“A explosão de caixa eletrônico caiu mais de 90% nos últimos 10 anos porque os bancos tomaram cuidado. Colocaram tinta, por exemplo, nos caixas e foram reduzindo os interesses dos criminosos. As polícias também foram se preparando. Em São Paulo foram criados os batalhões especiais que dão respostas mais rápidas”, explicou.

Nunes também diz que apesar da ação de grandes quadrilhas à instituições bancárias e até empresas que transportam chamarem atenção pela violência e modo de agir dos criminosos, elas são raras e não acontecem com certa frequência.

“Embora esses ataques sejam preocupantes, porque eles intimidam e a repercussão através da mídia intimida mais pessoas através do Brasil todo, mas o fato é que são muito raros. Em São Paulo nós temos um ataque desses por mês e estamos falando de um estado avançado em segurança que tem pelo menos 50 mil assaltos por mês. A experiência que as pessoas têm no seu dia a dia de ter o celular roubado no ponto de ônibus é muito mais terrível do que esses assaltos eventuais de grandes estruturas criminosas”, disse.