Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro (PL), o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR) anunciou nesta terça-feira (12) sua pré-candidatura ao Senado pelo Estado do Paraná nas eleições de 2022.
Moro era cotado como candidato à Presidência da República pelo Podemos, trocou de partido em março e anunciou desitência da corrida pelo Palácio do Planalto.
Depois, tentou transferência de domicílio eleitoral para o Estado de São Paulo, sem informar por qual cargo pretendia concorrer, e foi alvo de ações na Justiça Eleitoral.
O pedido de filiação por São Paulo foi negado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) paulista. Na decisão, o tribunal entendeu que Moro, que é de Maringá (PR) e tem residência em Curitiba, não tem vínculo com o Estado.
A defesa também pontuou que Moro tem base política em São Paulo, recebeu honrarias no estado e atuou na cidade para uma consultoria americana.
A legislação eleitoral diz que, para fins de comprovação do novo domicílio eleitoral, o cidadão tem que ter vínculo residencial, afetivo, familiar, profissional, comunitário ou de outra natureza que justifique a escolha do município.
Agora, Moro deve concorrer no Paraná com seu ex-padrinho político, o senador Álvaro Dias (PODE-PR), que busca a reeleição e foi quem filiou o ex-juiz pela primeira vez em um partido.
Moro tem 49 anos, foi juiz federal e ganhou notoriedade nacional e internacional após ser responsável pelas ações penais da Operação Lava Jato e, principalmente, por mandar prender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), retirando o petista da corrida eleitoral em 2018.
Lula teve as condenações de Moro anuladas pelo Supremo Tribunal Federal e hoje é pré-candidato à Presidência da República