Vamos conversar sobre os desafios e as oportunidades para mulheres que querem crescer profissionalmente
Pode ser que você, como mulher líder de uma organização, já tenha ouvido alguém falar que mulheres são muito emotivas ou, então, que quando estão em cargos de comando são raivosas. Absolutamente todas as pessoas têm emoções, raiva, medo, alegria, entre outros, e ressaltar emoções como sendo características unicamente de mulheres é um estereótipo que inferioriza mulheres no ambiente de trabalho.
Entretanto, justamente por todos nós termos emoções e lidarmos com elas o tempo todo, elas são pontos importantes de atenção para autoconhecimento. A habilidade de reconhecer e gerenciar emoções é uma faceta crucial da liderança.
Nesse contexto, a inteligência emocional emerge como uma competência fundamental, indo muito além das métricas e resultados quantitativos, por isso destaco a importância de olhar para dentro, compreendendo e reconhecendo suas próprias emoções como líder.
A liderança transcende a mera aplicação de ferramentas de gestão ou a entrega de resultados. Em vez disso, a verdadeira liderança requer uma profunda compreensão das emoções, tanto as pessoais quanto as dos outros, para estabelecer relações fundamentadas na confiança e segurança psicológica.
E pela minha experiência no mundo corporativo e como mentora de mulheres líderes, nós, mulheres, somos mais flexíveis a olhar pra dentro, a nos entendermos. Então, vamos aproveitar essa característica.
O reconhecimento e a diferenciação das emoções são habilidades cruciais para lidar eficazmente com os desafios emocionais que surgem no ambiente profissional. É necessário que os líderes explorem suas emoções, incluindo aquelas consideradas socialmente menos aceitáveis, como o desgosto.
Minha abordagem sobre o desgosto desafia os estereótipos de gênero que muitas mulheres líderes enfrentam. A sociedade muitas vezes condiciona as mulheres a evitarem o desconforto, a não desagradar, o que pode levá-las a suprimir ou esconder o desgosto. A líder sábia, no entanto, escolhe olhar para dentro, compreender a origem dessa emoção e utilizar as lições que ela traz.
Ao explorar o desgosto, convido as mulheres líderes a questionarem padrões sociais e a refletirem sobre como podem utilizar essa emoção para redefinir seu posicionamento e comportamento de maneira autêntica e alinhada com seus valores.
Outra emoção importante é o medo, uma emoção multifacetada que pode servir tanto como um mecanismo de proteção quanto como uma força paralisante. Identificar a natureza funcional ou disfuncional do medo é essencial para evitar a paralisia, especialmente no contexto profissional.
A liderança feminina, muitas vezes, enfrenta desafios específicos relacionados ao medo, seja o medo de não corresponder às expectativas, de enfrentar preconceitos ou de assumir riscos. Ao reconhecer e compreender os seus medos, as líderes podem desenvolver estratégias para superá-los, transformando-os em uma força motivadora e capacitadora.
A jornada que proponho destaca que a verdadeira liderança requer um mergulho profundo no mundo das emoções. Ao abraçar o desgosto, desafiando estereótipos, e compreendendo o medo, líderes femininas podem construir uma autenticidade poderosa.