Entretenimento

Pesquisa detalha consumo digital de cultura dos brasileiros na quarentena

Angela Corrêa, do Metro Jornal

Séries, filmes ou lives de música foram os mais consumidos na pandemia
Séries, filmes ou lives de música foram os mais consumidos na pandemia
PxHere

Com os olhos vidrados no celular, o brasileiro tentou se manter conectado às artes e entretenimento durante a quarentena do novo coronavírus. De acordo com pesquisa do Itaú Cultural e Datafolha, 90% dos entrevistados usaram o aparelho para consumir cultura nos últimos seis meses.

O estudo, realizado entre 5 e 14 de setembro, fez 1.521 entrevistas por telefone em cidades das cinco regiões, das quais 52% estão no interior e 48% nas regiões metropolitanas. Além dos hábitos adotados pelo isolamento social, o levantamento também analisou o consumo dos últimos 12 meses. Apesar do grande número de telinhas exibindo séries, filmes ou lives de música – os campeões de preferência durante a pandemia –, o maior empecilho no país não é a forma de acesso e sim a conexão de internet em si.

No norte do país, 42% dos entrevistados afirmaram nunca acessar a internet ou fazê-lo com pouca frequência. Um grande problema de desigualdade digital, como aponta Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural.

Lives

As lives são o fenômeno cultural (e digital) mais lembrado quando se fala em pandemia, mas, surpreendentemente, isso não se refletiu nos números do estudo (veja mais abaixo). Os filmes e séries ainda são preferência como entretenimento caseiro, alimentado pela internet. “Esse hábito de consumo presencial reverbera no ambiente virtual e abarca as lives”, acredita Saron.

Adeus, tela! Oi, rua!

Apesar de essas atividades culturais terem impactado positivamente o dia a dia do brasileiro (veja mais abaixo), poucos planejam aderir às atividades virtuais depois que a vacina contra o coronavírus sair. O índice sobre  quem planeja continuar assistindo a shows online caiu de 60% para 53% após a pandemia. Até mesmo séries e filmes na rede devem sofrer uma queda de 4% de público após o fim da pandemia, aponta o estudo.

Mais notícias

Carregar mais