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Aos 85 anos, Mauricio de Sousa diz que prepara "Turma da Mônica adulta"

da redação com Rádio Bandeirantes

Mauricio de Sousa é o criador da Turma da Mônica
Mauricio de Sousa é o criador da Turma da Mônica
Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo

O cartunista Mauricio de Sousa completou 85 anos nesta terça-feira (27). E se engana quem pensa que ele pretende parar de trabalhar. Em entrevista hoje à Rádio Bandeirantes, o criador da Turma da Mônica disse que “ainda tem muita coisa para inventar”.  

“Não sei como é fazer 85 anos, essa é a primeira vez que eu faço (risos). De qualquer maneira, se tudo continuar como está, ainda temos muito trabalho pela frente e muita coisa para inventar”, disse.

Entre os próximos passos do cartunista está um projeto arriscado: criar histórias com a Turma da Mônica adulta, após a fase jovem. Segundo ele, vai ser como “uma novela da Globo”, com “assuntos mais pesadinhos”.

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“Não sei quando vai sair. Vai dar um trabalho danado. As histórias vão exigir cuidados com o roteiro. Até já falei com um roteirista de novelas da Globo para ver se me ajudava, e ele disse que sim. Vou precisar de socorro. Psiquiatras, filósofos, novelistas, todo o pessoal que tem prática em falar com esse público. Serão histórias mais maduras. Eu sou vivido, claro, mas quero o pessoal que esteja vivendo seus 30 anos agora. Esse é o próximo passo. Estou com medo, mas é", revelou.

Mauricio não adiantou quais temas devem ser tratados nas histórias, limitando-se a responder que serão os “assuntos que estiverem na onda”. “Será que a Mônica vai casar com o Cebolinha? Não sabemos ainda.”

"Crianças são universais"

Atualmente, os produtos da Turma da Mônica estão presentes em diversos países, sendo que um dos mercados em que atua mais fortemente é o japonês. 

“A criançada de fora recebe a turma da mesma maneira que os brasileirinhos. Os personagens são baseados em crianças de verdade, são universais. Crianças são universais”, disse o cartunista. 

“Como deu certo desde o início, peguei a fórmula e continuei. A fórmula é passar ao público histórias alegres, mensagens gostosas e importantes. Essa fórmula não foi planejada, ela foi acontecendo em cima do que eu achava que deveria acontecer. Me ajudou muito também o fato de eu ter 10 filhos. Aprendi muito com eles. Comportamento, gostos. Fui um pai presente, trabalhava em casa, então observava muito as características de cada filho. Os personagens nasceram dali. A Magali comendo melancia inteira, a Mônica arrastando coelhinho pela casa... Eu olhei o que estava em volta, achei agradável e coloquei nas histórias.”

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