
A Unidos da Tijuca anunciou que, em respeito à cantora Lexa, não terá uma rainha de bateria no Carnaval de 2025. A decisão foi tomada após Lexa comunicar o falecimento de sua filha, Sofia, que morreu três dias após o nascimento prematuro.
A escola de samba divulgou uma nota oficial expressando solidariedade à cantora e seu companheiro, Ricardo Vianna, destacando que a escolha de não nomear uma substituta para o posto de rainha de bateria é um gesto de empatia e homenagem.
"Através desta mensagem, que é também uma prece, desejamos nossos mais profundos sentimentos à Lexa e seu companheiro Ricardo Vianna, pela passagem da menina Sofia de volta aos braços do Orum. Oxum, senhora da fertilidade, da maternidade e do amor, é a padroeira da Unidos da Tijuca e também a mãe de Logun-Edé, nosso enredo para o próximo carnaval. Junto a cada mãe que chora está o choro de Oxum, e é nos braços dela, onde nos encontramos acolhidos, repletos de amor, doçura e afeto, que desejamos que toda a família esteja nesse momento", diz o comunicado.
"Nossa pequena Sofia será, agora e para sempre, uma estrela a iluminar a vida de seus pais e familiares, e também uma estrela a iluminar os nossos caminhos.E é por respeito, consideração e carinho, que anunciamos a decisão de não estabelecer ninguém a frente da bateria Pura Cadência para esse carnaval, num gesto de empatia, de importância e de homenagem. Estejam na paz e na luz", completa.
O que aconteceu?
Lexa enfrentou complicações durante a gravidez, sendo diagnosticada com pré-eclâmpsia precoce, uma condição caracterizada pelo aumento da pressão arterial que pode levar a partos prematuros. Devido à gravidade do quadro, a cantora foi internada e permaneceu sob cuidados médicos por 17 dias antes do nascimento de Sofia. Infelizmente, a bebê não resistiu às complicações decorrentes da prematuridade extrema.
A Unidos da Tijuca, reconhecida por sua tradição no Carnaval carioca, optou por não substituir Lexa no posto de rainha de bateria neste ano, demonstrando respeito e consideração pelo momento delicado vivido pela artista. A escola ressaltou a importância da família e do amor, enfatizando que a decisão reflete um gesto de empatia e homenagem à pequena Sofia.
A pré-eclâmpsia é uma complicação gestacional que afeta entre 3% e 7% das grávidas, podendo levar a partos prematuros e outros riscos para a mãe e o bebê. No caso de Lexa, a condição resultou em um parto antecipado, com apenas cinco meses e meio de gestação, aumentando os desafios para a sobrevivência da recém-nascida.