Entenda a verdadeira origem do Mestre-Sala e da Porta-Bandeira no desfile de Carnaval

Selminha Sorriso, primeira Porta-Bandeira da Beija Flor, conta a história e importância da dupla

Da Redação, com Band Folia

Muitos se impressionam pela beleza e graciosidade nos defiles de Carnaval, mas nem todos sabem a história por trás dos Mestre-Sala e da Porta-Bandeira, personagens cruciais para o enredo da dança.

Durante o Carnaval Sem Julgamento, quadro do Band Folia sobre o universo carnavalesco, Selminha Sorriso, última convidada do programa falou sobre a origem da dupla que marca as performances.

"Com o passar dos anos, a gente vê o processo da dança dos dois entrando em um movimento engessado, e tem gente querendo quebrar", critica a sambista sobre a situação atual das escolas.

Selminha acredita que uma dança mais livre ainda pode respeitar a liturgia dos que começaram primeiro. Remontando ao início da história, é preciso lembrar que a ancestralidade preta trouxe o ritmo, a dança, parte da culinária e influências religiosas. 

"São muitas teorias, mas a primeira versão é que o escravizado olhava, por uma fresta, a casa grand e observava seu senhor dançar músicas clássicas europeias", conta Selminha.

"De forma debochada, ele imitava o senhor", ela complementa, trazendo também a segunda tese de que a dança foi construída com base na luta de capoeira, onde "o capoeirista tinha a incubência de proteger e defender a Porta-Bandeira".

O que realmente se sabe é que estes personagens da dança surgiram verdadeiramente na década de 1920, quando, para defender o standar da sua associação, a cabrocha precisava ser degendida. Do contrário, outros grupos roubavam, a rasgavam e ainda comemoravam a vitória.

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