O programa Antenados, da Rádio Bandeirantes, recebeu neste sábado, 24, a chef de cozinha Ligia Karazawa para conversar com o apresentador Danilo Gobatto. Durante o bate-papo, ela revelou que começou a cozinhar ainda criança em casa por influência dos seus pais.
“Desde pequena a gente sempre se meteu, eu e a minha irmã, na cozinha. Colocava a mão na massa. Meus pais sempre deram liberdade para fazer e acho legal deixar criança fazer, porque é uma brincadeira, mas é uma questão educacional. Gastronomia é cultura, então tem que ter esse contato mesmo”, contou Ligia.
“Lembro que eu tinha uns 12 anos, esqueci de pôr fermento, deu tudo errado. Coloquei na assadeira. Você dá para os adultos fazer e todo mundo falava: ‘Ai que gostoso’”, completou. De acordo com a chef de cozinha, sua proximidade ao fogão desde cedo acabou levando-a a se dedicar à gastronomia. Ouça a entrevista completa.
“Quando fui escolher a profissão fui fazer Administração e Hotelaria porque não tinha Gastronomia. Era uma coisa muito mais técnica. Por isso, acabei indo para Espanha para estudar”, contou. Lígia disse que mandava carta pelos correios para os restaurantes que almejava trabalhar, junto com uma recomendação, e acabava tendo retorno.
“Eu ficava um ou dois anos [no local] e partia para outros, para ter mais bagagem, mais experiência”, contou. “Quando a gente é chef de cozinha, tem que ser uma pessoa mais completa. Você passa por todos os estágios, desde a pia, ajudante, cozinheiro, chef de praça, subchef. Você tem que ter essa visão mais abrangente”, completou.
Como dica para as novas gerações de cozinheiros, ela indica conhecer um pouco de tudo. “O Instagram é seu novo currículo. Tem que entender um pouco de marketing, de plataformas digitais, de administração. Tem que se preocupar com o custo do seu prato, onde estão seus gastos fixos. Tem que cozinhar bem, mas não dá só para cozinhar bem. E tem que ter liderança”, afirmou.
Jurada do Cozinheiros em Ação, da GNT, Ligia falou sobre o glamour que a profissão ganhou depois da popularização promovidas por programas como o MasterChef Brasil . “Estar na televisão tem as suas dificuldades [para cozinhar]. Você tem o tempo cronometrado, tem a concorrência direta, você está numa cozinha que não é tua. E tem o desafio da liderança real de uma cozinha, que eu acho que é bem complexa”, finalizou.
