Comparar filhos não é motivar, e essa é uma atitude tentadora em que muitas vezes pais e mães caímos, mas não é educativo. É muito fácil, sim, falar: “Seu irmão sempre se oferece para carregar sacola e você nunca faz isso, seu irmão tira nota boa e você só quer saber de ficar nesse celular”. Mas não podemos fazer isso.
Na pandemia, então, todo mundo embolado, todo mundo trancado, as comparações ficam ainda mais gritantes, porque tá todo mundo tendo intensivão de convivência, então fica muito mais difícil não fazer isso. Mas é importante saber que quando comparamos, ao invés de motivarmos um filho, estamos o colocando para baixo. Só estamos o incentivando a ficar com mais implicância e não fazer o que a gente quer que ele faça. Além disso, o outro filho também não vai aprender uma coisa boa escutando aquilo, porque não é uma boa atitude é ser comparado o tempo inteiro.
O ideal é que a gente, de fato, diga para os nossos filhos o que a gente espera deles de uma maneira positiva, e não estou falando isso como profissional, estou falando isso como mãe. Todas as vezes em que eu tentei comparar não funcionou e acredito que não funcione no geral.
Acredito que o positivo seja você dizer o quanto seu filho vai ganhar aprendendo a arrumar a própria cama, o quanto o seu filho vai ganhar aprendendo a ajudar o outro, porque pai e mãe também são o outro, então é ajudando em casa que você aprende a ajudar na rua. É assim que vamos conseguir que eles façam coisas boas, e não fazendo comparações com os outros filhos.
Eu sou a Veruska Boechat, a doce Veruska. Fica a dica! OUÇA MAIS COLUNAS DA VERUSKA NA RÁDIO BANDNEWS FM.