Rebeca Andrade foi homenageada no Arquivo Pessoal desta quinta-feira (18) e falou sobre sua relação com o pai, Ricardo Andrade. No programa, a atleta contou que a relação com a família ficou mais distante por conta de sua profissão, especialmente com o pai, que não acompanhou tão afundo os bastidores no esporte.
“O meu pai é meu pai e nunca vai deixar de ser meu pai, eu amo muito ele, tenho um carinho enorme e lembranças muito boas com ele, mas como eu sai muito cedo de casa, a convivência - não só com ele, mas com a minha mãe e meus irmão também - ficou mais distante”, disse a atleta.
Questiona por Faustão, a atleta contou que saiu de casa aos 10 anos para começar a carreira no esporte e disse que a parte mais desafiadora foi crescer distante de todos. “Foi muito difícil porque a distância é dolorida, minha família sempre se fez muito presente, mas meu pai não acompanhou tanto essa parte do esporte porque ele não estava tão próximo. É por isso que eu falo mais da minha mãe e dos meus irmãos, eles acompanharam mais o meu começo”, contou. “Ela teve que amadurecer mais do que gente que teve 50 anos e até hoje não amadureceu assim”, elogiou Faustão.
Apesar do passado, Rebeca disse ser muito feliz com a família. “Eu sou muito grata pelos pais e pela família que eu tenho, mesmo com todas as dificuldades que a gente passou. Eu acho que faz parte”, contou.
Quem é Rebeca Andrade?
Rebeca Andrade tem 24 anos e nasceu em Guarulhos (SP). Começou na ginastica olímpica aos 4 anos, quando sua tia Cida, que trabalhava como faxineira no clube da cidade, o Bonifácio Cardoso, soube que haveria um teste para caçar novos talentos.
Aos 10, saiu de casa. Com seus treinadores, se mudou para Curitiba (PR) para treinar. Um ano depois, em 2011, fez as malas novamente, com destino ao Rio de Janeiro, onde vive e treina desde então.
A atleta já enfrentou três lesões graves no joelho direito, operando o ligamento em 2015, 2017 e 2019.
As lesões, porém, não foram suficientes para tirar o foco de Rebeca que, em 2021, nas Olimpíadas de Tóquio, se tornou a primeira medalhista olímpica na história da ginastica artística feminina a levar o ouro na prova de salto – coreografia, aliás, realizada ao som do funk “Baile de Favela”, e que viralizou nas redes sociais.
Ainda nas Olimpíadas de 2021, Rebeca foi prata no individual geral, prova que une as quatro modalidades: barras, salto sobre a mesa, solo e trave.
Em 2022, no Mundial em Liverpool, na Inglaterra, mais um recorde: Rebeca se tornou a primeira brasileira campeã mundial do individual geral na ginástica artística.
Rebeca ainda está na universidade e cursa psicologia.
Faustão Na Band
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