Vacinas que foram criadas rapidamente são seguras? Infectologista explica

No palco do Faustão Na Band, infectologista tirou a dúvida do apresentador, que deixa parte da população desconfiada

Da Redação

Rosana Richtmann foi a convidada do quadro Direto com o Doutor Reprodução / Faustão Na Band
Rosana Richtmann foi a convidada do quadro Direto com o Doutor
Reprodução / Faustão Na Band

Se as vacinas contra a covid-19 foram criadas rapidamente, é seguro confiar nelas? A dúvida que surgiu no palco do Faustão Na Band nesta quarta-feira (30) é a mesma que passa pela cabeça de muita gente. Mas Rosana Richtmann, infectologista convidada da noite, adiantou que sim e explicou exatamente o motivo. 

Durante o quadro Direto com o Doutor, Faustão elogiou a rapidez da ciência no desenvolvimento das vacinas contra a covid-19, mas questionou a médica que os riscos para a saúde não são maiores, já que elas tiveram menos tempo para serem testadas. 

A médica, que atua como diretora do comitê de imunização da Sociedade Brasileira de Infectologia e trabalha também no Instituto Emílio Ribas, explicou por que isso não ocorre. “As fases correram em paralelo. A gente nem sabia se fase um iria dar certo, mas já começamos a fase dois para não perder tempo. Em vez de fazer o passo a passo, o desenho foi feito em paralelo e sendo acompanhado”, detalhou. 

Isso quer dizer que elas são menos seguras? De forma alguma. “O que não deu certo, não vai para frente. Eu te garanto que nas vacinas que conseguiram aprovação, em especial da Anvisa e da FDA, que são agências regulatórias de enorme prestígio, a população pode confiar”, afirmou. 

Baixo número de casos não é sinônimo de segurança garantida

Como exemplo da eficácia das vacinas, Rosana relembrou o início do coronavírus no Brasil. “A pandemia a gente divide entre pré-vacinação e pós-vacinação. O número de vidas que perdemos em 2020, quando elas ainda não existiam, é totalmente de 2021, quando chegaram", apontou.

O que não pode ocorrer, segundo a médica, é um relaxamento das medidas preventivas em função de uma queda no número de casos. “O que está acontecendo agora é que as vacinas são vítimas do seu próprio sucesso. As pessoas pensam: ‘Não estou vendo mais casos, não preciso tomar a terceira dose’, por exemplo. O importante é manter o nosso sistema imunológico preparado e não sair correndo quando começarem a surgir novos casos", ressaltou.