Masterchef

Cristina é eliminada do MasterChef e deixa desafetos: "Inimizade de duas pessoas"

Uma das participantes mais emblemáticas da temporada, Cristina não conseguiu reproduzir os sabores indígenas na prova de eliminação e deixou o talent show no 7º episódio

Stefani Sousa

Cristina é eliminada do MasterChef e deixa desafetos: "Inimizade de duas pessoas"
Cristina é eliminada do MasterChef e deixa desafetos: "Inimizade de duas pessoas"
Carlos Reinis/Band

Quem acompanha a 8ª temporada do MasterChef desde o primeiro episódio sabe que Cristina não foi ao programa a passeio. Eliminada na noite desta terça-feira (17), a cozinheira deixou sua marca na competição desde que pisou na cozinha. De cara, ganhou a atenção dos jurados por ser autêntica, falar o que pensa e surpreender em receitas que nunca imaginou fazer. No 7º episódio, no entanto, deixou o talent show após não se sair bem em uma prova de criação com ingredientes indígenas. Aplaudida pelos colegas, a baiana ganhou ainda um carinho do chef Erick Jacquin que, ao anunciar sua saída, se declarou: “Vou sentir saudade".

Ainda emocionada com tudo o que viveu e ouviu, Cristina falou com exclusividade ao Band.com ao término das gravações. “Não esperava que os jurados tivessem tanto carinho por mim”, analisa. “Olhando para a minha trajetória, fico muito feliz por ter passado por aqui. Eu aprendi muita coisa, mas sei que ainda há muito por vir." 


Se por um lado a baiana saiu contente com os chefs, por outro se sentiu aliviada ao deixar o jogo antes que a competição se tornasse ainda mais intensa. Da experiência, que envolveu confinamento, leva amigos queridos e alguns desafetos. “Estou saindo com a inimizade de duas pessoas. Uma porque eu sou muito alegre, estou sempre cantando e a Amanda se chateou com isso. Outra, com quem eu sinceramente fiquei muito magoada, foi com a Ana Paula”, revela. 

Ela explica que, no 6º episódio, quando precisou dividir os cozinheiros entre fracos, médios e fortes, Ana Paula não hesitou ao lhe entregar a primeira placa de fraca. A forma como tudo aconteceu magoou a coordenadora pedagógica. “Não foi pelo julgamento dela, porque ela tem esse direito, mas, sim, por ter frisado várias vezes que eu era a pior cozinheira [da competição]. Achei prepotente e presunçoso."  

Mirando o futuro da temporada, Cristina se diz grata por não ter jogado de forma desagradável, manchado a imagem de algum colega ou deixado a disputa subir à cabeça.  “Estou muito em paz e sem a sensação de que estou derrubando pessoas [...]. Quando chegar o momento das agressões e o clima ficar pesado, já não quero mais estar aqui. Quando começar o jogo sujo, quero estar bem longe.” Eita! 

Ao longo de todo o 7º episódio, tendo participado de várias provas de eliminação em capítulos anteriores, o cansaço da cozinheira foi notado até pela apresentadora Ana Paula Padrão. Segundo a baiana, além de estar exausta, o que mais a prejudicou na prova foi a questão da regionalidade. “Eu não me sinto uma pessoa fraca, excluída ou sem entender o tema proposto. A gastronomia dos povos indígenas que vivem na Bahia é completamente diferente das tribos que estão no Pará, no Amazonas e em diversos outros lugares”, justificou ao lembrar a prova que a eliminou. 


Ciente de suas falhas e do que precisa melhorar, Cristina diz ter ouvido com atenção os conselhos dos chefs. E embora ainda não saiba o que o futuro reserva, aguarda confiante pelos próximos capítulos de sua jornada. “Em período de pandemia eu não posso largar a educação, não tenho oportunidade e ainda não estou pronta para assumir uma cozinha. Mas, quero fazer um curso de gastronomia, porque essa é a minha paixão e não vou desistir por não ter tido sucesso no programa. Não acho que fui desastrosa, só não consegui desenvolver o meu trabalho”, explica. Que os bons ventos te levem sucesso, Cris. Até a próxima.  

Saiba tudo sobre o 7º episódio do MasterChef  


Primeira prova da noite  

Caixas com equipamentos específicos (como pipoqueira, cafeteira e maçarico) rechearam as bancadas do MasterChef Brasil na primeira prova da noite. Ao fim de uma hora, cada cozinheiro teve que apresentar uma receita utilizando o utensílio que recebeu no início do jogo. Quem mais ganhou elogios dos jurados foi Daphne, que apresentou uma sobremesa chamada “floresta de café”.  

Heitor, Helena e Raquel também receberam boas críticas e garantiram vaga no mezanino. Já Luiz, Eduardo e Cristina não tiveram bom aproveitamento e foram direto para a prova de eliminação.  

Quem ganha prova tem vantagem... 

Por ter vencido a etapa inicial, Daphne pode salvar 5 cozinheiros e levá-los ao mezanino. Os escolhidos foram Renato, Sérgio, Amanda, Márcio e Ana Paula. Quem se destacou também ganhou o benefício de escolher 3 pessoas para participar da miniprova. Heitor, Raquel e Helena deram uma nova chance, respectivamente, para André, Pedro e Isabella.  

Os cozinheiros participaram de um divertido jogo da memória em que tiveram que encontrar ingredientes que fazem o casamento perfeito dentro da cozinha, como pão e manteiga ou morango e chocolate. A disputa foi acirrada, mas Pedro levou a melhor. 

Sabores indígenas   

No desafio final, a chef Kali Maracaia levou aos cozinheiros ingredientes da culinária indígena. Além dos destaques negativos da 1ª etapa, que já estavam na eliminação, André, Isabella, Kelyn e Juliana tiveram que fazer a prova final.  

A missão foi criar um prato honrando as raízes indígenas. Kelyn venceu sua primeira prova na temporada e foi muito elogiada por Helena Rizzo, que afirmou nunca ter visto a advogada cozinhar tão bem. Isabella e André agradaram os jurados e subiram ao andar mais alto da cozinha.  

Juliana, Cristina e Luiz foram os piores da prova. Com o benefício do mezanino de salvar uma pessoa, Luiz foi o escolhido e Cristina acabou eliminada ao fim do episódio.