Masterchef

Educandário São João Batista ganha doação do MasterChef e luta para se manter aberto em meio à pandemia

Stefani Sousa

Educandário São João Batista ganha doação do MasterChef
Educandário São João Batista ganha doação do MasterChef
Divulgação

Em uma noite cheia de desafios, broncas e emoção, a economista Danielle, 31 anos, se consagrou campeã do 7º episódio do MasterChef Brasil 2020. Como de costume, além dos prêmios da temporada, a vencedora ajuda uma instituição beneficente e, desta vez, o escolhido foi o Educandário São João Batista, em Porto Alegre, que recebe do programa a doação de R$ 5 mil. Em entrevista ao Portal da Band, Priscila Gomes, relações públicas do projeto, entrega o destino do valor: “Na pandemia, estamos tendo dificuldade com a remuneração da equipe técnica e com o pagamento de despesas fixas, como luz e água. Por isso, a quantia será usada para cobrir esses gastos”.

Fundado em 1939 por um grupo de amigas, a instituição começou atendendo crianças e jovens com poliomielite e avançou para acolher diferentes necessidades especiais. Aos poucos, o projeto foi se configurando como um centro de habilitação e reabilitação para pessoas entre 0 e 21 anos, com deficiências múltiplas e em situação de vulnerabilidade social. 

Por lá, opera uma escola de educação especial e são oferecidos serviços como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, serviço social, médico e dentário. Nos últimos meses, por causa da pandemia, os atendimentos passaram a acontecer online, salvos raros casos em que um paciente por vez é atendido de maneira isolada, para dar continuidade ao tratamento. A situação, no entanto, impõe novos desafios. 

“Nossos terapeutas modificaram a rotina de trabalho, reduzindo carga horária e número de atendimentos devido às dificuldades financeiras que estamos enfrentando agora”, lamenta Priscila. “Atualmente, grande parte da equipe está com salário reduzido ou contrato suspenso. Antes, ações promocionais e eventos beneficentes nos ajudavam a conseguir recursos financeiros, mas agora estamos passando por uma difícil crise”, completa. 

Ao todo, a instituição custa mensalmente R$ 100 mil para se manter funcionando e, infelizmente, a falta de verba ameaça o futuro do projeto, que pode fechar as portas perto de completar 81 anos de história. “Nossos serviços precisam de mão de obra qualificada e infelizmente não conseguimos tudo via voluntariado. Oferecemos serviços fundamentais para crianças e jovens, de forma totalmente gratuita, com atendimentos que não estão disponíveis na rede pública de saúde e, por isso, é muito importante nos mantermos firmes. Neste momento, 180 pessoas estão em tratamento conosco, mas mais de 10 mil já passaram por aqui.”

Para ajudar o Educandário a seguir operando, doações podem ser feitas pelo site oficial (www.educandario.org.br) ou juntando tampinhas de plástico para colaborar com o programa Tampinha Legal, que recicla o material e tem renda revertida às instituições cadastradas. A relações públicas afirma que toda colaboração é bem-vinda: “Acessibilidade e inclusão social é uma rampa de acesso aos nossos corações e de uma forma simples, como juntando tampinhas, é possível colaborar com a nossa causa”.