Masterchef

Helena quer vencer o MasterChef para mudar de carreira e voltar a morar no Brasil

Jornalista de formação, Helena vive há quase 20 anos na Espanha com o marido e as duas filhas: “MasterChef é a minha tentativa de retorno”

Stefani Sousa e Flávia Bezerra

Helena quer vencer o MasterChef para mudar de carreira e voltar a morar no Brasil
Helena quer vencer o MasterChef para mudar de carreira e voltar a morar no Brasil
Carlos Reinis/Band

Até onde você iria para realizar um sonho? A mineira Helena, de 43 anos, viajou quase 9 mil km para ir ao encontro do seu: o de participar da 8ª edição do MasterChef, que estreia dia 06 de julho, às 22h30, na Band. Isso porque Helena, que nasceu em Belo Horizonte e morou em São João Nepomuceno, vive em Barcelona, na Espanha, há 19 anos, com o marido, Rodrigo, e as filhas Inés, de 10, e Olivia, de 8, e vê no programa a chance de poder retornar de vez ao País. “Se eu ganhar, vou viver da culinária e voltar a morar no Brasil”, diz em entrevista ao Band.com.

Jornalista de formação, Helena deixou o Brasil para fazer mestrado no país europeu. Lá, conheceu Rodrigo, que é cirurgião dentista e, juntos, eles administram uma clínica odontológica há 13 anos. Ano passado, a família veio ao Brasil na tentativa das filhas se familiarizarem com o Rio de Janeiro – onde, hoje, vive parte da família de Helena – mas, com a pandemia, o plano não saiu como esperado. “A gente ia ficar de janeiro a dezembro, mas com o isolamento, elas não puderam frequentar a escola e conviver com ninguém. Então, em agosto, abortamos a missão e voltamos a Barcelona”, contou. “Apesar de ser a decisão mais certa, foi uma baita frustração. Agora, o MasterChef é a minha segunda tentativa de retorno e de transição de carreira para a gastronomia”.

Quem vê o amor de Helena, hoje, pela culinária não imagina que, há cinco anos, sua relação com a comida ainda era bem problemática. “Era daquelas que fazia qualquer coisa para caber em uma calça número 36, inclusive não comer ou comer mal. Na época, achava que aquele comportamento era determinação e foco, mas, hoje, sei que era algum distúrbio”, relembra. A participante também tinha zero afinidade com as panelas. “Eu não fritava nem um ovo, meus irmãos brincavam que minha comida era puro isopor”.


A motivação que fez essa chave virar em Helena tem nome. Ou melhor, dois nomes: Inés e Olivia. “Não queria que minhas filhas tivessem aquela relação que eu tinha com a comida, nem com o corpo delas. Foi aí que pensei: ‘A única maneira de eu comer bem é fazendo minha própria comida’”. Helena foi, então, estudar. Fez cursos básicos na área, comprou livros, assistiu a programas de gastronomia... e, de repente, como ela mesma diz, “a culinária virou fator aglutinador” em sua casa. “Tem família que vai velejar, esquiar junto, a minha se encontra na cozinha. Até 2016, era o Rodrigo quem cozinhava, depois eu assumi a função. Meu primeiro objetivo era cozinhar melhor que ele, sou muito competitiva”, brinca.

Agora, além de ser uma das 23 participantes da 8ª edição do talent show, a participante compartilha suas receitas pessoais no Instagram (@panelasepassarinhos) e diz entrar no programa em vantagem: “Não sou eu que estou entrando no MasterChef, somos nós quatro, eu, o Rodrigo e minhas filhas”. Aliás, estar longe da família, que continua lá na Espanha, é o ponto fraco e forte da competidora no jogo. “Se por um lado estar longe deles mexe muito com meu emocional, por outro também me dá muito mais gás para vencer.”

Além do retorno de vez ao Brasil, se levar o troféu e o prêmio para casa, Helena quer empoderar as pessoas por meio da comida, seja escrevendo livros, seja abrindo um boteco de tapas espanhóis e brasileiros. “A culinária para mim vai ser esse canal, para mostrar como é poderoso você se alimentar daquilo que você mesma transforma”.