Masterchef

José Sergio nega título de "vilão" do MasterChef: "Não me preocupo com a opinião de quem não me conhece"

O cozinheiro comenta a percepção do público sobre sua participação no programa e levanta questão racial

Amanda Caroline e Stefani Sousa

O participante de Pernambuco afirma que "jamais seria vilão" do MasterChef
O participante de Pernambuco afirma que "jamais seria vilão" do MasterChef
Carlos Reinis/Band

Os fãs de MasterChef Brasil já elegeram os destaques da atual temporada do programa. Entre os participantes mais comentados nas redes sociais, aparece José Sergio. Além do talento para a gastronomia, o pernambucano também chama atenção pela personalidade forte, o que rendeu a ele o título de "vilão da edição".

Em entrevista ao Portal da Band, o cozinheiro comenta a percepção do público sobre seu comportamento na competição. Ele reconhece sua postura "firme, enérgica e de liderança", mas nega o rótulo. "Não me considero vilão. As pessoas que assistem ao programa não sabem o que acontece antes da edição e cada um cria o seu ponto de vista com base no que a edição entrega", avalia. "Não me preocupo com a opinião das pessoas que não me conhecem. Antes de julgar a minha vida, o meu caráter, calce os meus sapatos", completa José Sergio. 

O representante comercial reflete sobre sua assertividade na cozinha do MasterChef, característica que veio à tona na primeira prova em equipes da temporada. Sergio foi capitão no quarto episódio e recebeu elogios dos jurados pela liderança organizada. "Falo alto porque estamos dentro de um ambiente de disputa. Não me considero um cara impositivo", declara. 

O cozinheiro amador inclui a questão racial na discussão. "Normalmente, as pessoas enxergam quem tem a pele preta como subserviente. Elas se incomodam quando aparece alguém de pele preta com personalidade de protagonista", afirma. 

Relação com as redes sociais

"Redes sociais nunca me cativaram", diz José Sergio. Ele evita ler tudo o que dizem na internet e garante que essa relação distante com o mundo digital não mudou depois do MasterChef Brasil. "Muito do que tem nas redes sociais é veneno e eu não vou beber desse veneno. Elas transformam idiotas em super-heróis. É muito cômodo para uma pessoa se acovardar atrás de um celular e destilar ódio", dispara.

O participante, no entanto, sabe que também é querido pelos telespectadores e agradece o carinho que recebe no dia a dia. "Sempre pego para mim apenas o que é bom. Estou recebendo afeto do público, sim. É muito gratificante ser reconhecido na rua", afirma.

"Todo mundo quer ser vilão"

Sergio pode não se importar com o que pensam sobre ele, mas tem consciência de sua relevância na história desta temporada do MasterChef. "Todo mundo quer ser o vilão, o que falta é coragem para assumir esse papel. O vilão incomoda muita gente porque ninguém esquece o vilão", dispara.

Sobre as opiniões dos colegas de cozinha em relação à sua personalidade, o pernambucano é incisivo: "Nunca me preocupei em ser o participante mais sociável. Sempre fui muito claro, desde o primeiro momento, que estou no MasterChef à trabalho. Criar laços faz parte; não criar laços faz parte também. Cada um é do jeito que é."