Fábio Nunes mudou de vida após o MasterChef. Ele, que tinha como profissão principal a de modelo ao participar do programa pela primeira vez, em 2016, viu as portas do universo da gastronomia se abrirem e deslanchou na nova carreira. O chef comemora um ano do funcionamento de seu restaurante, o Sítio da Véia, no Rio Grande do Sul.
O estabelecimento fica na cidade natal de Fabio, em Taquari, em uma zona de floresta às margens de um rio. A proposta com o negócio é dar espaço para a culinária regional – com o toque de originalidade do ex-MasterChef que ganhou experiência após o programa e morou em Nova York, nos Estados Unidos, antes de voltar ao Brasil há cerca de dois anos.
“Faço a culinária regional e com uma pegada do que aprendi lá fora. Por exemplo, temos o risoto de carreteiro, que é um prato da região. Uso o que aprendi lá fora para transformar o prato. Também curto churrasco e temos parrilla e bolinhos de aipim com costela no cardápio. E mandamos muito bem na sobremesa!”, afirma.
A ideia de valorizar a culinária local surgiu porque Fábio percebeu uma oportunidade: “É uma cidade de 30 mil habitantes e o pessoal acaba não dando tanto valor ao que tem por aqui, o que é muito da hora”.
“Tenho fornecedor de orgânicos. Às vezes, o pessoal se esquece de apoiar esse tipo de produtor. A carne é criada aqui na região também. Tem muito peixe de água doce também por causa desse rio que passa aqui. É muito bacana!”, conta.
O Sítio da Véia já nasceu fazendo sucesso. Antes de ir ao restaurante, é importante fazer reserva. O estabelecimento também trabalha com serviço de delivery às terças e quintas e organização de eventos. Fábio diz que o MasterChef acaba servindo de vitrine.
“[No início] O pessoal do estado procurou muito por curiosidade e tive que investir pesado para conseguirmos atender. Eu sabia que seria muito procurado. A cidade tem carência desse tipo de lugar. E o pessoal já me conhecia por causa do MasterChef”, afirma.
Por que Sítio da Véia?
O nome do restaurante do ex-MasterChef é inspirado em um meme e, ao mesmo tempo, remete à sócia de Fábio Nunes, a empresária Isabel Prado.
“O nome saiu do véio da lancha. Minha sócia é uma senhora e brincamos com isso, porque ela é uma empresária super bem sucedida, além de ser linda. O pessoal pergunta, quem é a véia? Acham que é minha avó ou a minha mãe, mas daí ela chega de salto alto toda bonitona”, diz ele, aos risos.
Profissão cozinheiro!
Fábio diz que muitos clientes o abordam pelo nome do prato com que conseguiu o avental para entrar na disputa da terceira temporada do MasterChef: o Frango Perfeito, como o cozinheiro batizou a sua criação.
“O pessoal me reconhece muito pela receita do Frango Perfeito. Boa parte das pessoas não sabe o meu nome, mas lembram do Frango Perfeito. É muito louco”, diverte-se.
Brincadeiras à parte, Fábio diz que tudo mudou com o MasterChef. “A minha vida mudou completamente. Antes de participar do programa, todos ao meu redor curtiam quando eu cozinhava, mas não faziam associação à profissão de cozinheiro. Era só porque eu cozinhava bem. Depois do programa, ainda sem ter trabalhado na área, passaram a me ver como profissional”, diz.
“O reconhecimento foi imediato e isso abre todas as portas. Quando saí do programa, tive ofertas que nem chefs formados devem receber. Claro que existe a minha dedicação, mas isso tudo foi por conta da exposição no programa”.
Fábio participou de duas temporadas do MasterChef. A primeira, vencida por Léo Young, e na edição especial com ex-participantes, A Revanche, de 2019, cujo campeão foi Vitor Bourguignon.
Para ele, voltar à cozinha teve um outro sabor: “Depois de três anos, eu já tinha amadurecido e queria agradecer ao programa e à audiência. Só queria voltar para brincar naquela cozinha, pela qual eu tinha muita saudade. Foi mais leve. Todo dia era uma diversão”.