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Caso Robinho: Advogado da vítima celebra prisão e pede cumprimento total da pena

Jacopo Gnocchi concedeu entrevista exclusiva ao Melhor da Noite e ressaltou que ainda há a possibilidade dos outros quatro envolvidos no abuso sexual serem presos

Da Redação

Jacopo Gnocchi, advogado da vítima de Robinho
Jacopo Gnocchi, advogado da vítima de Robinho
Reprodução/Melhor da Noite

O advogado Jacopo Gnocchi, que representa a vítima de Robinho no caso de estupro cometido pelo brasileiro em 2013, conversou com exclusividade com o Melhor da Noite, da TV Bandeirantes, e celebrou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de não aceitar o habeas corpus impetrado pelo ex-atacante e requerer sua prisão imediata.

Segundo o italiano, a vítima está "absolutamente satisfeita", mas espera que o ex-atleta da Seleção Brasileira cumpra os nove anos de reclusão.

"A vítima está contente com o resultado positivo do julgamento. Mas, claramente, espera que a justiça seja feita definitivamente. [...] Para nós, [a pena] poderia ser executada na Itália, no Brasil, na França ou na Austrália. Era indiferente. O importante é que a pena fosse executada. Não pode haver nenhum tipo de libertação para a justiça italiana. Se a justiça brasileira aplicar o que diz a lei italiana, não haverá nenhum tipo de libertação porque a condenação é definitiva", afirmou.

Jacopo também ressaltou que, em sete anos de processo, Robinho não compareceu em nenhum julgamento nas três instâncias em que seu processo esteve envolvido. Porém, o brasileiro enviou seus representantes e a justiça italiana cedeu a oportunidade de defesa ao ex-atleta. "Os juízes não acreditaram. Eles não apareceram no tribunal, enviaram seus advogados. É uma escolha legítima, mas nunca apareceram no tribunal", ressaltou.

O representante da albanesa vítima do crime sexual também pontuou que ainda há a possibilidade dos outros quatro envolvidos no abuso serem condenados, uma vez que o processo não foi extinto.

"Para nós, a triste e feia situação, que envolve Robinho e [Ricardo] Falco - amigo de Robinho que participou do ato de abuso -, será fechada. Mas há um processo congelado, ainda aberto, para os outros quatro [envolvidos no estupro]. Sobre esses outros quatro, para nós, são culpados. Mas para a justiça, são presumidamente inocentes. Para Robinho e Falco, no entanto, trata-se de uma decisão definitiva", disse Jacopo, que pediu para que as mulheres denunciem casos de abuso para não permitir que os abusadores fiquem impunes de seus crimes.

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