Na última quarta-feira (9), o quadro Sexonário, do programa Melhor da Noite, trouxe à tona um tema importante e ainda cercado de tabus: como os pais devem conversar sobre sexo com os adolescentes dentro de casa.
O apresentador Otaviano Costa destacou como a sexualidade ainda é um assunto difícil de ser tratado em família. Muitos pais enfrentam barreiras para dialogar abertamente com os filhos sobre o tema, mesmo sabendo da importância dessas conversas.
A sexóloga Cátia Damasceno reforçou esse ponto, explicando que a maioria dos pais simplesmente não está preparada para as perguntas das crianças. Para ela, o momento ideal para falar sobre o assunto é, justamente, quando a dúvida aparece — e jamais se deve deixar a criança sem resposta.
Cátia compartilhou uma experiência pessoal marcante: quando seu filho tinha apenas três anos e o irmãozinho havia acabado de nascer, ele fez a clássica pergunta “como se faz um neném?”. Com sensibilidade, ela respondeu: “Tem o papai e a mamãe. A gente se gosta muito e, no outro dia, o neném está na barriga da mamãe.”
Para ela, essa explicação simples era adequada para a idade. E o mais importante foi não deixar a curiosidade da criança sem resposta.
Uma criança que se sente segura dentro de casa, leva segurança para todos os lugares.
Otaviano também dividiu sua vivência com a enteada Giulia Costa, que, na época da conversa, tinha 6 anos. Ele contou que sempre cultivou um ambiente de liberdade, democracia e diálogo em casa. Quando surgiam perguntas, inclusive sobre temas como a homossexualidade, ele devolvia a questão com naturalidade, incentivando a reflexão.
A cantora Gaby Amarantos, que também participou do quadro, compartilhou sua experiência com os três filhos, com quem divide a guarda com a mãe. Ela destacou que as conversas sobre sexualidade sempre aconteceram de forma natural e aberta entre as duas. Para Gaby, a escola também deveria ter um papel fundamental nesse tipo de educação.
A sexóloga ainda ressaltou que muitos preconceitos começam a ser desconstruídos dentro de casa, com conversas sinceras, respeito às diferenças e explicações que acolham e eduquem.